quinta-feira, 31 de março de 2022

EM VEZ DE TER RESSUSCITADO,

 JESUS TERIA TIDO O SEU CORPO ROUBADO?

Jefferson Magno Costa

     Sabedores de que a vitória de Cristo sobre a morte foi o acontecimento que determinou o início da propagação do Evangelho no mundo, e estabeleceu a base de confirmação e segurança para a pregação da Igreja, os inimigos do Cristianismo têm desfechado inúmeros ataques contra o grandioso acontecimento da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, afirmando que esse sublime e único evento jamais aconteceu. E na intenção de conseguirem seu intento diabólico, eles inventaram várias teorias.
     A primeira delas começou a circular em Jerusalém no próprio dia em que Cristo ressuscitou. Foi a teoria do roubo do corpo.

O CORPO DE CRISTO TERIA SIDO ROUBADO?
     Na tentativa de invalidarem o testemunho do túmulo vazio, os principais sacerdotes e anciãos judeus deram dinheiro aos guardas que lhes haviam trazido a notícia de que o corpo de Jesus tinha desaparecido do túmulo, e instruíram os guardas a sair contando que os discípulos de Jesus haviam aparecido de noite e roubado o corpo, enquanto eles dormiam.
     O episódio foi registrado por Mateus (28.11-15): “E, indo eles, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais tudo o que sucedera. Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram, enquanto dormíamos. Caso isto chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até o dia de hoje.”
     Ora, essa desonesta intenção de tentar explicar porque o túmulo de Jesus aparecera vazio ao terceiro dia baseou-se em uma história tão flagrantemente mentirosa, que o evangelista Mateus nem sequer perdeu tempo em refutá-la: qualquer pessoa daquela época poderia descobrir que aquela história dos guardas era falsa. Bastava considerar os seguintes aspectos da questão:


O DEVER DOS SOLDADOS
     Conforme argumentou o genial e inspiradíssimo teólogo africano Aurélio Agostinho, dormindo ou acordados, os guardas seriam condenados à morte por terem deixado o corpo de Cristo ser roubado; teriam sido presos e executados caso as autoridades judaicas não tivessem intercedido por eles. “Se estavam acordados, por que deixaram alguém roubar o corpo de Jesus? E se estavam dormindo, como poderiam declarar que foram os discípulos que furtaram o corpo de Jesus?”, pergunta Agostinho. Ninguém sabe o que está acontecendo quando se está dormindo.
     Adormecidos, como os guardas poderiam afirmar que o corpo de Cristo havia sido roubado, se eles nada estavam vendo, e que provas poderiam apresentar contra os apóstolos, quando se sabe que quem está dormindo nenhum conhecimento tem do que sucede ao seu redor?
     O apologistra norte-americano Paul Little, destacando a falsidade dessa história, pergunta: “Que delegado ou juiz lhe daria ouvidos se o leitor dissesse a ele que durante o seu sono o vizinho tinha entrado na sua casa e roubado o seu televisor? Um testemunho desta espécie seria alvo de galhofa em qualquer tribunal.”


O CARÁTER DOS APÓSTOLOS
     O segundo argumento que esmaga a teoria do roubo do corpo de Jesus está alicerçado no caráter dos apóstolos. Nem os mais violentos críticos racionalistas duvidam hoje da honestidade daqueles homens. Violar a sepultura do Mestre e roubar o seu corpo era algo que se chocava violentamente com tudo o que eles haviam aprendido com o próprio Jesus.
     Os discípulos eram incapazes de praticar tal coisa. Diante deles existiam duas barreiras: a ética e a psicológica. Violar sepulturas era um crime entre os judeus e entre os romanos. As leis romanas condenavam à morte os ladrões de sepulcros.
     Além do mais, com que finalidade os discípulos roubariam o corpo de Jesus? Com o propósito de saírem pregando que Cristo ressuscitara? Que vantagem eles tirariam disso? Nenhuma; só desvantagens, tanto nesta vida (as perseguições e mortes sofridas pelas discípulos e pela Igreja nos três primeiros séculos do cristianismo), como na outra: o castigo eterno reservado a todos os mentirosos.
     Aliás, se Cristo não tivesse ressuscitado, os discípulos teriam se considerados enganados pelas muitas afirmações de Jesus quanto à sua ressurreição, e esperado inutilmente que Ele ressurgisse dentre os mortos. Caberia a eles colaborar com quem os enganara? De forma nenhuma!
     Devemos atentar também para o fato de que a afirmação: “Cristo venceu a morte e está vivo outra vez!” custou a vida de milhões de pessoas, a começar pelos discípulos, desdobrando-se na execução de milhares de pessoas convertidas ao Evangelho nos primeiros séculos da história da Igreja, mediante essa pregação.
     Seriam os discípulos destituídos de sentimentos a ponto de, com indiferença, verem morrer tantas pessoas inocentes (inclusive muitos parentes deles mesmos), pelo simples fato de elas terem confessado sua fé na pregação deles sobre um homem que fora crucificado, mas que na verdade não ressuscitara? Não! Eles jamais fariam tal coisa.
     E lembremo-nos de que os próprios discípulos também sofreram na pele as consequências da afirmação de que Cristo ressuscitara: foram perseguidos, castigados e mortos. Se o que pregavam sobre o Cristo ressurreto fosse mentira, eles não teriam persistido nessa mentira até à última consequência, a morte.
     Sobre este aspecto da questão, assim comentou um historiador norte-americano: “Cada um dos discípulos enfrentou a prova da tortura e do martírio pelas suas afirmações e suas crenças. Os homens morrerão por aquilo que eles creem ser verdadeiro, ainda que isso seja efetivamente falso. Não morrem, contudo, pelo que sabem ser uma mentira. Se alguma vez um homem falará a verdade, será na hora da sua morte.”
     O filósofo francês Blaise Pascal costumava dizer: “Eu acredito em testemunhas que se deixam matar.” Ou seja: ele acreditava em testemunhas que morrem afirmando aquilo em que creem. E tanto os discípulos de Jesus como milhões de crentes, durante principalmente os três primeiros séculos do cristianismo, foram duramente perseguidos e mortos, mas partiram para a eternidade afirmando uma coisa: Que Jesus Cristo, o Salvador do mundo, morrera, mas ao terceiro dia ressuscitara dentre os mortos!
     E esta esperança está dentro de todos nós, os que O aceitamos como Salvador: Os que morrerem fiéis ao que Ele ensinou, e convictos da salvação que Ele nos trouxe, ressuscitarão um dia para reinar com Ele no Céu!
     Portanto, os discípulos jamais poderiam ter roubado o corpo de Jesus para depois se tornarem testemunhas de uma mentira. Não! Eles eram testemunhas oculares de uma verdade (At 1.22;3.15;13.30,31; 1 Co 9.1;15.11).
Jefferson Magno Costa

quarta-feira, 30 de março de 2022

REFERÊNCIAS A JESUS EM TRÊS FONTES ANTIGAS

 

UMA GREGA, UMA SAMARITANA E UMA SIRÍACA

 

Jefferson Magno Costa
O POETA GREGO LUCIANO IRONIZA O NOME DE JESUS
     Nascido no início do segundo século, o poeta grego (descendente de judeus) Luciano de Samosata falou ironicamente de Cristo e dos cristãos no seu livro A Morte do Peregrino, escrito no ano 170. Zombou de Cristo, porém sua zombaria constituiu-se em mais um documento sobre a existência histórica de Jesus! Referiu-se a Cristo como “o homem que foi crucificado na Palestina por haver introduzido um novo culto no mundo”.


ESCRITOR SAMARITANO FALA DE UM ESTRANHO ECLIPSE
     O cronologista Júlio Africano, em um livro escrito provavelmente no ano 221, refere-se a um historiador samaritano chamado Talo, cujos livros se perderam na noite dos tempos, só restando deles hoje alguns fragmentos, citados também por outros escritores.
     Esse historiador samaritano (Talo), em uma obra sobre a história da Grécia e suas relações com a Ásia, datada do ano 52 d.C., refere-se a um estranho eclipse do sol, ocorrido precisamente na data em que a Bíblia e os historiadores confirmam ter sido Cristo crucificado. Eis o comentário de Júlio Africano sobre esse registro do historiador nascido em Samaria:
     “Talo, no terceiro livro de suas histórias, sustenta que essas trevas foram nada mais que o resultado de um eclipse do sol – explicação fraca e insustentável, a meu ver.”
     Sim, Júlio Africano tinha razão em não ver lógica nenhuma na explicação de Talo para aquele fenômeno, pois Jesus Cristo foi crucificado na época da lua cheia, e sabe-se que é impossível ocorrer um eclipse solar em tais ocasiões.
     Não foi um eclipse, e sim um escurecimento sobrenatural do sol, marcando o momento da morte do Filho de Deus!
     O interessante também é que o historiador judeu Flávio Josefo, no seu livro Antiguidades Judaicas (livro XVIII, Capítulo VIII,p.302) faz referência a um certo Allo (provavelmente Talo), natural de Samaria, a quem Tibério Augusto havia libertado! Esse homem tinha sido contemporâneo de Jesus.
     O comentário de Júlio Africano sobre o registro de Talo nos leva a tirar duas conclusões importantes:
     1a. Em meados do primeiro século da Era Cristã, os acontecimentos ocorridos no dia da crucificação de Cristo eram conhecidos tanto na Palestina como por pessoas não cristãs que viviam em Roma;
     2a. Os inimigos do cristianismo muito se esforçaram para dar uma explicação “naturalista” aos fenômenos ocorridos no dia em que Cristo morreu.


PRISIONEIRO SÍRIO FAZ REFERÊNCIA EM UMA CARTA À MORTE DE JESUS COMO EXEMPLO DE INJUSTIÇA COMETIDA PELO POVO JUDEU 
     Existe no Museu Britânico um interessante manuscrito que preserva o texto de uma carta escrita por volta do ano 73 d.C., contendo uma carta assinatura por um homem sírio chamado Mara Bar-Serápio.
     Esse homem, no tempo em que escreveu essa carta ao seu filho Serápio, estava na prisão. De lá ele aconselhou o jovem serápio a buscar a sabedoria acima de tudo, e a guardar sempre consigo esta lição: todos os homens que perseguiram os sábios foram castigados no final de suas vidas. Eis o precioso trecho em que Mara Bar-Serápio fala sobre o “sábio rei dos judeus”:
      “Que proveito tiveram os atenienses em tirar a vida de Sócrates? Fome e peste sobrevieram como juízo pelo terrível crime que cometeram. Que lucro obtiveram os cidadãos de Samos com lançar Pitágoras às chamas? Num instante seu território se viu coberto de areia. Que vantagem alcançaram os judeus com a execução de seu sábio Rei? Foi justamente em seguida a esta execução, que se lhes aboliu o reino.
     “Deus, com justiça, vingou esses três sábios: os atenienses, a fome os consumiu; os samosanos tragou-os o mar; os judeus, arruinados e banidos da própria pátria, vivem hoje em completa dispersão. Entretanto, Sócrates não o extinguiu a morte; continuou a viver no ensino de Platão. Pitágoras não o aniquilou a morte: continuou a viver na estátua de Hera. Nem o sábio Rei dos judeus o destruiu a morte: continuou nos ensinos que transmitiu.” (F.F Bruce. Merece Confiança o Novo Testamento? Edições Vida Nova, São Paulo. 1965. p. 148).
     A importância desses documentos, somada ao inigualável testemunho dos Evangelhos, esmaga e destrói a diabólica teoria dos que afirmam ter sido Cristo uma figura lendária, inventada, que nunca existiu.
     Porém, mesmo sabendo da existência de toda essa documentação, para nós, o maior de todos os testemunhos sobre a existência de Jesus é a poderosa manifestação do seu amor e do seu Espírito em nossas vidas! Nós, os evangélicos, somos testemunhas vivas do Jesus Cristo vivo!
     Não poderíamos deixar de comentar aqui o fato de esses documentos (citados nesses vários artigos) não fornecerem muitas informações detalhadas sobre a pessoa de Jesus. Além do mais, quando avaliamos a importância de Jesus Cristo diante da humanidade, vemos que o número de testemunhos é pequeno diante de tão grande personalidade histórica que Ele foi – a maior de toda a História.
     Porém, essa relativa escassez de informações extra-biblicas sobre o nosso Salvador tem três explicações:
     1a. A primeira delas é que os escritores gentios (gregos, romanos, sírios, etc.), considerando o cristianismo como “mais uma” entre as muitas seitas supersticiosas vindas do Oriente, cujo berço era a desprezada Judéia, e cujo iniciador tinha sido um judeu condenado à morte de cruz, jamais imaginariam que os velhos deuses gregos e romanos viessem a ser derrubados e esquecidos diante da força, da aceitação e da grandiosidade do Evangelho de Jesus Cristo. Por esse motivo, os escritores não se ocuparam muito com a pessoa de Jesus, e só fizeram rápidas referências a Ele.
     2a. Outra explicação para a não-existência de referências muito detalhadas sobre Cristo é o fato de a maior parte das obras gregas e romanas, escritas no primeiro século da Era Cristã, terem-se perdido, destruídas pelo tempo. Se elas tivessem chegado até os nossos dias, certamente trariam outros importantes registros históricos sobre Jesus.
     3a. Da parte dos escritores judeus, houve, com exceção de Flávio Josefo e de algumas referências do Talmude, uma espécie de satânica conspiração de ódio e de silêncio em torno da pessoa de Cristo. Haja vista que o mais famoso de todos os filósofos judeus da época, Filon de Alexandria, não fez nenhuma referência (pelo menos nos livros dele que chegaram até nós) ao nosso Salvador.


O TESTEMUNHO DE UM RABINO SOBRE A MARCANTE TRAJETÓRIA DA VIDA DE JESUS
     Porém, esses documentos que a providência de Deus preservou para serem conhecidos nos nossos dias, têm o seu valor reconhecido até por rabinos da importância de um Joseph Klausner, ex-professor de Literatura Judaica em Jerusalém, que no seu livro Jesus de Nazareth, assim se pronunciou sobre o valor desses documentos:
     “Se apenas possuíssemos estes testemunhos, saberíamos, efetivamente que, na Judéia, viveu um judeu chamado Jesus, a quem chamaram o Messias, o qual fez milagres e ensinou o povo; que foi morto, por ordem de Pôncio Pilatos, por denúncia dos judeus; que tinha um irmão chamado Tiago, a quem o Sumo Sacerdote Anano condenou à morte; que, do seu ensino, nasceu uma corrente religiosa existente em Roma cinquenta anos depois do nascimento de Jesus, e que esta comunidade (cristã) foi a causa da expulsão de todos os judeus de Roma; e, finalmente, que a partir de Nero, essa corrente religiosa se expandia, adorava Jesus como Deus, e era violentamente perseguida.”
Jefferson Magno Costa

terça-feira, 29 de março de 2022

“JESUS NUNCA EXISTIU”, AFIRMARAM ALGUNS FILÓSOFOS

 

Jefferson Magno Costa
     “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade” (2 Pedro 1.16).

     Desde que o nome cristão foi pronunciado pela primeira vez na cidade de Antioquia (Atos 11.26), o impacto de Jesus Cristo e sua Mensagem vem, ao longo dos séculos, atingindo e transformando a vida de bilhões de pessoas pertencentes a todas as camadas sociais, a ponto de incomodar reis, impérios e governos.
     Sim, Jesus, a maior personalidade da História, tem sido uma perturbadora realidade sobre a face da Terra. Desde que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós... cheio de graça e de verdade” (João 1.14), sua grandiosa influência tem mudado o rumo dos acontecimentos do mundo.
     Porém, paralelamente ao avanço da pregação do Evangelho sobre a face da Terra, um grupo de homens tem-se empenhado – desde a Antiguidade, e sobretudo a partir do final do século XVIII – em tentar apagar o nome de Cristo da História, afirmando que Ele nunca existiu.
     O curioso é que não são os historiadores mais renomados do mundo os autores da negação da existência histórica de Jesus, e sim um grupo de filósofos inimigos do Evangelho, homens diabolicamente envenenados pelo ateísmo e o materialismo, que munidos de estudos tendenciosos e indignos de confiança, tentam negar que o Filho de Deus se fez carne e habitou entre nós.
     Porém, ao contrário desses filósofos, nenhum historiador honesto e consciencioso nega o fato de que Jesus viveu realmente durante 33 anos entre aqueles homens e mulheres que ouviram a sua voz, o contemplaram, foram transformados por Ele e tornaram-se suas fiéis testemunhas.
     Conforme sustentam os seguidores dos dois homens que criaram a doutrina cristomítica – os alemães David Strauss, autor do livro Uma Nova Vida de Jesus, e Arthur Drews, autor do livro O Mito de Cristo – fora do Novo Testamento, não existe nenhuma referência histórica da época de Jesus Cristo ou de épocas imediatamente posteriores a Ele, que lhe faça referência e o confirme como um personagem da história.
     No rastro dessa diabólica teoria, o jornal Correio Brasiliense publicou, em 2 de agosto de 1983, um violento ataque contra a existência histórica de Jesus. Assinada por Ézio Flávio Bazzo, a matéria (traduzida), intitulada “Mito, história ou mentira: Cristo nunca existiu”, era a síntese de um livro publicado na Itália.
     Aliás, foi na Itália que surgiu o livro Cristo Nunca Existiu, cujo autor, Emilio Bossi, entre outros ataques à pessoa de Jesus, afirma: “O silêncio da História em volta de Cristo constitui, por irrespondível, uma prova contra a existência real e histórica do fundador do Cristianismo.”
     Na França, o filósofo Voltaire, apesar de ter confessado em um livro de cunho filosófico ser praticamente impossível o homem racional não acreditar na existência de Deus, afirmou sobre Jesus Cristo, no livro Deus e os Homens, que “Não se conserva nenhum documento romano em que conste que fizeram crucificar Jesus.”      Em outro trecho desse livro, Voltaire escreve: “Nenhum autor grego ou romano fala de Jesus.”
     No Brasil, essa maligna tentativa de jogar Jesus Cristo na galeria das figuras míticas, lendárias, irreais, foi imitada pelos escritores Jorge Brandes, autor do livro Jesus Cristo é um Mito (Biblioteca Contemporânea, Rio de Janeiro. S/d. 184 páginas), e Oscar Algarve, cujo livro Jesus de Nazaré e a Crítica Histórica (Editora Germinal. Rio de Janeiro. 1962. 245 páginas) foi escrito sob a influência do mesmo diabólico espírito que há séculos vem tentando fazer a humanidade acreditar que Jesus Cristo nunca existiu.
     Citamos os nomes e os livros desses detratores da pessoa de Cristo, com o propósito de conscientizar o leitor sobre a importância do material apologético sobre Jesus que estamos apresentando neste blog.
     Todo evangélico, todo aquele a quem o Espírito de Deus constituiu testemunha de Jesus Cristo sobre a face da Terra, deve estar preparado para, quando a situação exigir, saber apresentar as provas da existência histórica do nosso Salvador, atuando assim como verdadeiro defensor da autenticidade da nossa fé, conforme nos aconselhou o apóstolo Pedro, em 1 Pedro 3.15: “Santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, e estai sempre preparado para responder, com mansidão e temor, a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”.
     Como a grandiosa e, ao mesmo tempo, perturbadora e real presença de Cristo no mundo tem incomodado os homens que negam a Sua existência! Porém, conforme disse o antigo apologista Eugênio Cantera:
     “Jesus Cristo tudo enche, tudo domina, é um imã que atrai a si todas as inteligências e corações humanos. Eis aí a questão transcendental da História, a que hoje, como ontem, como sempre, agita os espíritos (...) Apesar das perseguições com que tentam lhe impedir os passos, por sobre as barreiras levantadas contra a Sua marcha triunfal, tudo Ele vence e domina, Seu nome enche os séculos, e milhões de línguas O repetem, chegando a penetrar de tal modo nas entranhas da humanidade e no fundo do coração humano, que tentar arrancá-lo hoje do mundo seria abalar os próprios alicerces da civilização.”
       Essas provas da passagem histórica de Jesus sobre a face da Terra encontram-se em fontes judaicas, gregas, romanas e sírias. Aqueles que negam a existência de Jesus passarão a se posicionar de modo diferente diante do assunto se considerarem atentamente a importância e a autenticidade desses documentos. 
Jefferson Magno Costa

sexta-feira, 18 de março de 2022

QUEM RECEBEU MENOS TALENTO E MULTIPLICOU, PROVOU TER MAIS CAPACIDADE DO QUE QUEM RECEBEU MAIS


PR. JEFFERSON MAGNO COSTA   

     Toda pessoa possuidora de talentos corre o risco de os usar mal, os enterrar ou os perder, e quando um dia estiver diante de Deus, não dará boa conta deles.  

Alguns por terem caído no pecado da soberba, outros por terem caído no pecado da inveja,


e outros por terem caído no pecado da falta de decisão e firmeza, que é o pecado da omissão.

    







 


Na parábola dos dez talentos usada por Jesus (Mt 25.14-30), o servo que enterrou o único talento que recebera de seu senhor, cometeu esse último pecado.

     









 

Porém, ele poderia ter sido considerado o melhor, e ter-se mostrado muito mais capaz do que os outros dois servos que haviam recebido dois e cinco talentos, caso não tivesse enterrado o seu.
     








 Certa vez um grupo de teólogos iniciou um debate para saber qual dos criados da parábola dos dez talentos se mostrara mais sábio e capaz, se o que com dois talentos conseguira outros dois, ou se o que com cinco talentos conseguira outros cinco.
     






 

Por não terem conseguido chegar a uma conclusão, os teólogos resolveram levar o problema para um grupo de experientes comerciantes e empresários, os quais concluíram que mais habilidoso tinha sido o servo que com dois talentos conseguira mais dois talentos do que o que com cinco talentos conseguira mais cinco.

     A justificativa para essa conclusão os comerciantes e empresários haviam tirado da própria experiência: É mais difícil ganhar pouco com pouco do que muito com muito.
     




 

E também acrescentaram que se o servo que recebera um só talento tivesse conseguido outro talento, teria superado largamente em capacidade ao servo que recebera dois e ao servo que recebera cinco.
     







 
Essa última conclusão serve de grande consolação e incentivo às pessoas que se consideram possuidoras de pouco ou quase nenhum talento.
     Pegue o único talento que você tem, apresente-o a Deus, diga-lhe que quer usá-lo para o engrandecimento, a honra e a glória do Seu Reino, e prepare-se para testemunhar milagres!
PR. JEFFERSON MAGNO COSTA

sábado, 5 de março de 2022

TESTEMUNHAS OCULARES DA MORTE DE JESUS

 

     Numerosas testemunhas oculares, reunidas no Calvário por motivos os mais diversos (curiosidade, ódio, amor, dever de ofício) estavam atentas a tudo o que acontecia a Jesus, e interessadíssimas em saber como todo aquele comovedor e inesquecível episódio no Calvário terminaria.
    Foram elas que, no final de tudo, comprovaram que Jesus realmente morrera. Havia ali amigos, inimigos e pessoas neutras.
     1) Os amigos que estavam ao pé da Cruz e comprovaram que Jesus realmente havia morrido foram:
     a) Todos os conhecidos de Jesus, e as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia (Lc 23.49);
     b) Maria, sua mãe, a irmã dela (uma tia de Jesus, portanto), Maria, mulher de Cleopas, e Maria Madalena (Jo 19.25);
     c) Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé (Mc 15.40);
     d) João, discípulo de Jesus (Jo 19.26,27);
     e) José de Arimatéia, membro do Sinédrio, e Nicodemos, mestre da Lei, ambos discípulos ocultos de Jesus (Jo 19.38,39). Nenhum desses parentes e amigos do nosso Salvador teriam consentido que o sepultassem sem antes terem obtido a plena certeza de que Jesus estava realmente morto.
     E não devemos esquecer que o mais sensível dos corações humanos (o coração materno) estava representado ali, na pessoa de uma mulher: Maria. Seu coração pulsava, dolorido e desconsolado, diante do seu filho morto. Teria Maria consentido que sepultassem Jesus se Ele ainda estivesse vivo? Nunca!
     2) Os inimigos de Jesus, ou seja: os príncipes dos sacerdotes e os fariseus comprovaram a morte de Jesus
     Eles jamais teriam abandonado o Calvário sem a certezade que Jesus realmente morrera, pois eram as pessoas que mais estavam interessadas em sua morte. Além do mais, se não estivessem convencidos de que o nosso Salvador não mais vivia, não teriam permitido que os amigos se apoderassem do Seu corpo para o sepultar.
     Temos de considerar também outro interessante fato: os próprios inimigos de Jesus confirmaram sua morte quando foram pedir a Pilatos guardas para o sepulcro (Mt 27.62-66).
     A realidade da morte do nosso Salvador Jesus Cristo era um acontecimento de tamanha verdade e confirmação que, 52 dias depois, Pedro, discursando perante o povo, acusou as autoridades judaicas de O terem matado, e elas não puderam dizer nada em contrário, pois sabiam que o que Pedro estava dizendo era verdade: Cristo fora morto por eles (At 2.23;3.15).
     Portanto, Jesus estava morto. O próprio Sinédrio, reunido, foi acusado da morte de Jesus, e nenhum de seus membros ergueu a voz para dizer que Cristo não morrera (At 4.5-13). (Mas Ele ressuscitou!)
     3) As pessoas neutras, representadas por Pilatos, o centurião e os soldados romanos, comprovaram a morte de Jesus.
     Quando José de Arimatéia veio pedir a Pilatos o corpo de Jesus para sepultá-lo, não o obteve sem antes o Governador ter-se certificado, junto ao comandante da guarda (o centurião) de que Jesus Cristo já estava morto (Mc 15.42-45).
     Em João 19.31-33 vemos que Pilatos, a pedido dos fariseus, havia mandado os guardas acelerar a morte de Jesus e dos dois ladrões. Os soldados quebraram as pernas dos dois homens que haviam sido crucificados ao lado do nosso Salvador; “chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas” (João 19.33).
     Portanto, não havia como todas essas testemunhas terem-se enganado acerca da morte de Cristo.
     Porém, apesar de todas essas provas de que a teoria do desmaio é um absurdo, suponhamos que Jesus Cristo, conforme afirmam os inimigos do Evangelho, tenha sido colocado no túmulo ainda vivo e desacordado.
     Diante desta suposição, é o escritor note-americano Paul Little quem pergunta: “É possível acreditar que Ele teria sobrevivido três dias em um túmulo abafado, sem alimentos, nem água, nem atenção de espécie alguma? Teria Ele sobrevivido após ser envolto nos panos cheios de especiarias do sepultamento? 
     Teria Ele achado forças para desembaraçar-se dos panos do sepultamento, empurrar a pesada pedra do túmulo, subjugar os guardas romanos e caminhar diversos quilômetros com aqueles pés que haviam sido traspassados pelos cravos? Tal crença é mais fantástica do que o simples fato da própria ressurreição.”
     Até mesmo o crítico alemão David Straus, inimigo do Evangelho e violento combatedor da doutrina da Ressurreição, reconheceu o quanto essa teoria do desmaio é absurda, e rejeitou-a terminantemente no seu famoso e polêmico livro Nova Vida de Jesus:
      “É impossível que alguém que acaba de sair da sepultura, semimorto, que vinha se arrastando fraco e doentio, que se achava necessitado de tratamento médico, de ataduras, de fortalecimento e de minucioso cuidado, e que por fim sucumbira ao sofrimento, pudesse jamais ter causado nos discípulos a impressão de que Ele era um vencedor da morte e da tumba; que Ele era o Príncipe da Vida. Isto formava a base do futuro ministério deles. 
     Uma ressurreição assim só poderia trazer enfraquecimento na impressão que Ele havia causado neles, em vida e na morte – ou, no máximo, poderia ter dado à tal impressão um aspecto melancólico – mas não poderia, por nenhuma possibilidade, ter mudado sua tristeza em entusiasmo ou elevado sua reverência ao nível da adoração.”

JESUS MORREU, MAS AO TERCEIRO DIA RESSUSCITOU!
     
O nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo realmente morreu, mas venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia. Ele inaugurou e confirmou para nós a esperança de que um dia, todos os que morreram ou morrerem na condição de salvos e remidos por Ele, vencerão a morte gelada e ressuscitarão em um corpo glorioso, para viver eternamente em Sua companhia!
                                                         Jefferson Magno Costa

sexta-feira, 4 de março de 2022

JESUS TERIA SIDO SEPULTADO DESMAIADO?

Jefferson Magno Costa

     No final do Século XVIII e meados do XIX, os alemães Gottlob Paulus, Schleiermacher e Herder inventaram a diabólica teoria de que Jesus não morrera de verdade: após todos os suplícios sofridos na cruz, ele desmaiara, e nessas condições tinha sido retirado do alto do madeiro, dado como morto, mas na verdade só estava desfalecido pela perda de sangue, esgotamento e dor, afirmam os autores desta diabólica teoria.
     Ao ser colocado no túmulo, o ar gelado do ambiente o fez voltar a si, e Ele pôde então sair do túmulo e ir ao encontro dos seus discípulos. “Foi assim que começou toda a história da ressurreição”, diziam os filósofos alemães.
     Ora, essa teoria é ridícula e pode ser facilmente derrubada. Basta considerarmos os sofrimentos morais e físicos a que Cristo foi submetido, e que resultaram em sua morte. Ei-los:

CRISTO MORREU REALMENTE: CAUSAS DE SUA MORTE
     1) A agonia no horto foi tão intensa e prolongada, que o levou a suar sangue (Lc 22.44);
     2) Jesus foi brutalmente açoitado, e esse castigo, aplicado pelos romanos, geralmente causava a morte do réu (Mt 27.26; Mc 15.15. Jo 19.1);
     3) Uma coroa de espinhos foi fincada em sua cabeça à força de golpes (Mt 27.29,30; Mc 15.17; Jo 19.2);
     4) As caminhadas de um lado para o outro, entre Herodes e Pilatos, e a caminhada até o Calvário lhe foram tão cansativas e penosas, que os soldados romanos, no caminho do Gólgota, tiveram que convocar Simão, o Cirineu, para ajudá-lo (Mt 27.32; Mc 15.21 e Lc 23.26);
     5) No Gólgota, suas mãos e pés foram cravados na cruz por imensos pregos (Mt 27.35; Mc 15.24);
     6) Determinando uma grave e progressiva perturbação no sistema circulatório do crucificado, a crucificação produz sensação de cãimbra, febre, tremores, até causar a morte por asfixia;
     7) O evangelista João diz que o soldados romanos, “chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados lhe abriu um lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (Jo 19.33,34). Dado pelo soldado romano para eliminar toda e qualquer dúvida quanto à morte de Jesus, esse golpe de lança deve ter traspassado o coração do nosso Salvador. Esta é a prova científica de que Cristo morreu.
     8) O sepultamento entre os judeus fazia uso, na preparação do cadáver, de substâncias aromáticas, como mirra e aloés. Em Jesus, 100 libras desse composto aromático foram utilizados (vários quilos, portanto).
     Em seguida, o seu corpo foi envolvido em um grande sudário (espécie de lençol ou mortalha), amarrado nas mãos e nos pés. Colocaram-no, por fim, dentro de um sepulcro escavado na rocha e o fecharam com uma grande pedra (Jo 19.39-42).
     Se Jesus, depois de tudo o que sofrera até ali, e mesmo após o violento golpe de lança no peito, ainda estivesse vivo, teria então morrido sufocado dentro do sepulcro.

                                                                  Jefferson Magno Costa

quinta-feira, 3 de março de 2022

O HOMEM DEVE UNIR-SE A DEUS

     Diante de tudo o que possamos vir a sabe sobre Deus, não devemos esquecer que por mais amplos e mais profundos que sejam os nossos conhecimentos, teremos apenas nos aproximado racionalmente do insondável abismo de luz que é Deus; nós o temos contemplado tão-somente de fora, da superfície. O mistério jaz à nossa frente, como um desafio.

     Todavia, temos certeza de que tudo o que nos foi revelado sobre Ele tem servido para nos conscientizar de que a grande finalidade da vida humana é buscar a Deus, é temer o seu nome e guardar os seus mandamentos (Eclesiastes 12.3). 
     Essa busca deve transportar nos transportar para além do conhecimento estéril, e nos conduzir à fé. O crente sincero deve buscar a face de Deus, instruindo-se a respeito do Senhor e de suas perfeições (Salmo 105.4), sabendo, porém, que nenhum mortal terá de Deus um conhecimento direto, imediato e pessoal. 
     Só a alma glorificada nos altos céus o verá face a face. Unamos a nossa voz à do filósofo e teólogo francês Blaise Pascal, e façamos também nossa esta sua belíssima súplica:
"Entra, Senhor, em nossos corações, e com o resplendor do teu santo fogo ilumina qualquer escuridão que haja em nós. 
     Como excelente guia que és, mostra-nos o teu caminho nesse escuro labirinto, corrige as imperfeições de nossos sentidos... Mergulha-nos naquela fonte perenal de contentamento que sempre deleita e nunca farta, e a quem bebe de suas vivas e frescas águas proporciona o sabor da verdadeira bem-aventurança.
      "Tira de nossos olhos, com os raios de tua luz, a névoa da nossa ignorância, a fim de que não apreciemos mais formosura mortal alguma, e saibamos que as coisas que pensamos ser não são, e aquelas que não vemos, verdadeiramente são. 
       Recolhe e recebe nossas almas, que a ti se oferecem; abrasa-as naquela viva chama que consome toda material baixeza, de maneira que, em tudo separadas do corpo, com um perpétuo e doce enlace juntem-se e se atem com a formosura divina; e nós, de nós mesmos separados, no Amado possamos nos transformar, e, sendo levantados dessa baixa Terra, possamos ser admitidos no convívio dos anjos, e sobretudo em tua presença..." (Blaise Pascal. Pensamentos. Tradução de Sérgio Milliet. 2a edição, São Paulo, Abril Cultural, 1979, Artigo III, questão 194.)                                                                                        Jefferson Magno Costa

quarta-feira, 2 de março de 2022

ONDE DEUS ESTÁ?

 

     Os que têm procurado sedentamente a Deus estão divididos em quatro grupos, de acordo com o que pensam acerca do lugar onde Deus está.

DEUS "NO PRINCÍPIO"
     As mais antigas religiões da terra sempre consideraram Deus como o ser que deve ser procurado "para trás", ou seja, na origem de tudo, no Princípio, no ponto onde Ele começou a manifestar o seu poder sobre o mundo. Nas origens da Criação e no mistério do aparecimento do homem sobre a face da terra é onde Deus se revela, dizem essas antigas religiões.

DEUS "LÁ EM CIMA"
     Outras pessoas, como o filósofo grego Plotino, passaram a pensar em Deus como aquele que está "lá em cima", na mais alta de todas as regiões do Universo. Plotino dizia que o mundo desliza sempre para baixo, para o lado oposto onde Deus está, e o homem, só através da purificação avançará de volta para Deus e unir-se-á a ele.

DEUS "LÁ FORA"
     Outro grupo de pensadores tem admitido que Deus está sempre além dos nossos limites, está "lá fora". Ele é o Além sem fronteiras, fora do alcance de nossa compreensão.

DEUS "DENTRO DE NÓS"
     Devido ao avanço da ciência moderna, muitos pensadores passaram a afirmar que esse progresso científico tornou impossíveis e superadas as idéias de Deus "lá em cima" ou "lá fora". Ele está é "dentro de nós", na profundeza do nosso ser, é o nosso próprio fundamento. 
     Não podendo ir "além", ou "para baixo", ou "para cima", o homem certamente poderá ir "para dentro", ou seja: para a profundidade do seu ser, onde Deus está à sua espera.
      Para o estudioso dos assuntos relativos a Deus, estas opiniões históricas sobre sua posição com relação à humanidade são úteis. Porém, segundo observou o teólogo suíço Karl Barth, talvez o maior valor dessas idéias seja mostrar que tudo quanto o homem pode dizer a respeito de Deus é confessar sua incapacidade de conhecê-lo através de seus próprios esforços. 
     Deus é insondável. "Ele é o abismo secreto, mas também a pátria escolhida que está no início e no fim de todos os nossos caminhos. (Giuseppe Riccioti. Con Diosy Contra Dios. -Este livro reúne estudos de vários autores-. Versão e prólogo de Adolfo Munoz Alonso. Barcelona, Liv. Miracle, 1956, p. 536.)
     Jesus Cristo é o mediador não só da nossa salvação, mas também de todo o nosso conhecimento de Deus. O pecado prejudicou grandemente no homem sua antiga semelhança com o Criador. Portanto, para que essa semelhança possa ser restaurada, é necessário um novo nascimento (João 3.3-6). Só Jesus Cristo é capaz de recuperar para o homem sua antiga condição perante Deus, perdida no Éden.
                                                                  Jefferson Magno Costa

terça-feira, 1 de março de 2022

PARA NOS SALVAR,

  JESUS TORNOU-SE UM DE NÓS 

     Em uma de suas cartas, um cristão da Igreja Primitiva declarou que os filósofos platônicos tinham pressentido a invisibilidade, a imutabilidade e a incorporabilidade da natureza divina, mas haviam desprezado o caminho que conduz a ela, porque lhes pareceu uma loucura o Cristo crucificado.
     Por isso, não puderam chegar a Deus, que "é o santuário íntimo do repouso, tendo, porém, descoberto de longe a imensa claridade que ele derrama".

DEUS: O QUE OU QUEM ELE É?

Quando estivermos falando acerca de Deus, ou quando ouvirmos alguém falar sobre ele, é bom sabermos que existem três diferentes maneiras de se imaginar qual é a posição de Deus com relação ao mundo.

DEÍSMO
     Certas pessoas afirmam que Deus está no mundo e é o seu Criador, mas não exerce domínio completo sobre ele. São os chamados deístas
     Eles estão divididos entre os que acham que Deus não pode intervir no mundo, pois quebraria as leis naturais (e produziria, assim, o milagre), e os que afirmam que ele não quer intervir no mundo: Deus criou tudo e em seguida abandonou a Criação à sua própria sorte, é o que dizem. 
     Segundo essas pessoas, Deus, ou não se importa com o mundo e os seres humanos, ou suas mãos estariam amarradas pelas leis que ele próprio criou.
Porém, a vida sobre a face da Terra e no Universo não é um jogo de forças que se sucedem sem ponto de partida ou de chegada. Não é uma viagem na incerteza, sem finalidade. Não. A vida é produto da vontade divina, projetada desde a eternidade, estabelecida e dirigida por Deus, mas executada livremente. 
      Não é o cego acaso que reina sobre o destino dos seres humanos, e sim a mão de Deus. O nosso Deus não é um ídolo surdo e insensível, que habita em regiões inacessíveis. e entregou o universo ao acaso. 
     Jesus Cristo, no capítulo seis do Evangelho de Mateus, descreve com expressão lírica o cuidado paternal dessa Providência divina que alimenta os pássaros e veste de esplendor os lírios do campo, que se preocupa com as coisas mais pequeninas, e muito mais com os homens, criados à sua imagem e semelhança.
     Os deístas se esquecem da fidelidade do Senhor em socorrer aqueles que nele confiam, conforme fala o salmista (Salmos
69.13; 121.2). "Eis que eu sou o Senhor, o Deus de todos os viventes; acaso haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?" (Jeremias 32.27).

PANTEÍSMO

     Existe outra idéia errada acerca de Deus. 
     É o panteísmo. Os panteístas dizem que tudo é Deus, todas as coisas são como pedaços dele: o sol, uma formiga, o homem, uma pedra, uma flor. "Deus é como uma imensa folha de papel, rasgada em inúmeros pedacinhos" , seria o conceito panteísta, em sua forma mais simples. 
     Os panteístas se esquecem de que Deus criou o Universo, mas é superior a toda a Criação. "Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória" (Salmo 57.11). 
     O evangelista João, vislumbrando na Ilha de Patmos essa superioridade do Deus Criador, escreveu: "Tu és digno, Senhor Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir, e foram criadas" (Apocalipse 4.11).

TEÍSMO
     A afirmação da existência de um Deus pessoal e superior ao mundo chama-se teísmo. Os teístas afirmam não só que Deus existe, mas também que nos é possível conhecê-lo e demonstrar sua existência. 
      Deus está em todo o universo como causa sustentadora dele, mas não é sujeito às suas forças, e sim superior. "Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor teu Deus, a terra e tudo o que nela há" (Deuteronômio 10.14).
     Deus é Espírito, e todo aquele que o adora deve adorá-lo em espírito e em verdade (João 4.24). Tudo quanto existe, só por ele subsiste: "Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos..." (Atos 17.28). 
     Ele a tudo conduz, e exerce domínio sobre tudo, e não está sujeito a mudanças (Tiago 1.17). Deus é a verdadeira luz: vê tudo e conhece tudo. Sonda os arcanos mais profundos dos corações, nada lhe pode escapar. 
     O passado e o futuro, tudo lhe é presente. Ele é a luz que "...ilumina a todo o homem" (João 1.9). "Deus é o Sol do mundo espiritual; se ele se esconder aos nossos olhos, tudo para nós será trevas. 
     Se faz brilhar a sua luz em nosso espírito, a verdade se nos mostra em todo o seu esplendor, porque ele mesmo é a verdade por excelência", declarou certa vez Charles Spurgeon em uma de suas pregações.
     Graças à sua luz é que alcançamos todos os conhecimentos que podemos adquirir; é nele que os encontramos. Ele é o padrão eterno dos nossos pensamentos, dos nossos julgamentos, e das nossas ações.

                                                                 Jefferson Magno Costa

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