terça-feira, 15 de novembro de 2011

CARTA A UM POETA NO CÉU

 Jefferson Magno Costa   
     Em 1996, a comunidade evangélica brasileira perdeu o grande poeta, radialista, deputado federal (por dois mandatos) e pastor batista, Gióia Júnior. Estive presente no seu culto fúnebre, e três dias após o seu sepultamento, escrevi esta carta que foi publicada em algumas revistas e jornais evangélicos:
     Caro amigo Gióia Júnior:
     Agora que você não está mais entre nós, mas no céu, na região reservada ao descanso dos justos; agora que você usufrui da companhia de todos os grandes poetas de Deus,e com eles espera o grande dia da ressurreição final, só me resta escrever, apressadamente, algumas palavras em homenagem póstuma ao poeta que você foi.
    Apressadamente, sim, pois sei que em breve também raiará para mim a aurora do Dia Eterno. Aliás, fugaz e velozmente a vida passa para todos nós. Os que acham que terão muito tempo para chorar os seus mortos, brevemente serão chorados também. Muitos partem com os olhos ainda umedecidos das lágrimas que derramavam por alguém que havia partido pouco antes deles.
     Nós já vamos pelo vale um a um, entoaram aqueles dez cantores reunidos em torno do seu caixão, e sei que você, Gióia, com a imensa sensibilidade de que era dotado, muito se emocionaria se os tivesse ouvido, como eu os ouvi e me emocionei.
     Mas os seus ouvidos, agora para sempre surdos diante da dimensão de todos os sons terrestres, não mais puderam ouvi-los; nem o seu coração, para sempre paralisado diante de todas as emoções humanas, não mais estremeceu, emocionado.
     Você passou, eu passarei, todos nós passaremos, mas a sua poesia ficará. Enquanto o coração de um pai ou de uma mãe bater apreensivo, tarde da noite, diante da demora de um filho ou de uma filha que ainda não voltou para casa, sempre haverá a esperança de que, a qualquer momento, a maçaneta da porta iniciará sua festiva canção do retorno. E todos os pais concordam e continuarão repetindo que:

Não há mais bela música
que o ruído da maçaneta da porta,
quando o meu filho volta para casa.

Volta da rua, da vasta noite,
da madrugada de estranhas vozes,
e o ruído da maçaneta,
e o gemer do trinco,
o bater da porta que novamente se fecha,
o tilintar inconfundível do molho de chaves
são um doce acalanto,
uma suave cantiga de ninar.
Só assim fecho os olhos;
Posso, afinal, dormir e descansar.
(Oração da maçaneta, trecho do poema)

     Enquanto houver mulheres preparando a comida para o marido e os filhos, e envelhecendo na frente de fogões, sua poesia será lembrada. E quantas mães já não leram esse trecho do seu poema, achando que você o escreveu inspirado nelas?

Na frente do fogão, enquanto os filhos crescem,
vão sendo modelados pela vida e pelo tempo,
chegam e a beijam na testa,
e ela na frente do fogão,
chegam e dizem um “olá” distante,
e ela na frente do fogão,
chegam e não dizem nada,
e ela na frente do fogão,
porque a chama abraça o fundo da panela
para que o jantar fique pronto,
para que eles matem a fome
e cresçam mais e se afastem dela cada vez mais.
(Mulher na frente do fogão, trecho do poema)

     Sua poesia só será esquecida quando Jesus deixar de ser a alegria dos homens. Mas nós sabemos que:

Nesta hora de incerteza,
de cansaço e de agonia;
nesta hora em que, de novo,
a guerra se prenuncia;
neste momento em que o povo
não tem rumo nem tem guia,
ó Jesus, agora e sempre,
Tu és a nossa alegria!
(Jesus, alegria dos homens, trecho do poema)

     Quando todos os meninos pobres do mundo receberem o pão que os homens lhe roubaram, sua poesia será esquecida. Porém, no exato momento em que esta carta está sendo escrita, há um menino pobre (aliás, há milhões de meninos pobres) necessitando ouvir suas palavras de solidariedade e incentivo, Gióia:

Menino pobre do meu bairro, grita
para que escutem tua voz tremente,
amargurada, enfraquecida e aflita.


Pelos irmãos que dantes não gritaram,
clama nas ruas angustiosamente:
exige o pão que os homens te roubaram!
(Menino pobre, trecho do soneto)

     O poeta grego Homero cantou na Ilíada a guerra entre gregos e troianos e a interferência dos falidos e extintos deuses do Olimpo. O italiano Dante Alighiere desceu ao Inferno nas asas da imaginação e, de lá, essas suas asas o levaram ao Paraíso; mas tudo não passou de uma Divina Comédia. O poeta português Luis Vaz de Camões cantou em Os Lusíadas as grandes rotas de navegação que interferiram no tracejamento do mapa do mundo moderno, e o poeta inglês John Milton, após mergulhar na cegueira absoluta, ditou para suas filhas o poema O Paraíso Perdido, e nele viu a tremenda rebelião de Satanás. 
     E você, Gióia, preferiu cantar em seus poemas a vida e a situação das pessoas humildes, dos pobres, dos injustiçados que se amontoam na condição de desbrigados, famintos, doentes e esquecidos, abandonados ao pé da pirâmide social.
     Agora que você está aí tão perto do coração de Deus; agora que você tornou-se um habitante da santa e felicíssima Jerusalém celestial, onde a juventude nunca envelhece, o amor nuca diminui, o contentamento não se interrompe nem a vida jamais se acaba; agora sabemos, Gióia, que você não mais contempla o rosto ensangüentado de Cristo, aquele Rosto sofredor, de olhar parado e enxuto, que você descreveu com tanta sensibilidade no seu poema Ó Rosto ensanguentado! (Leia todos esses maravilhosos poemas e muitos outros no livro Orações do Cotidiano, publicado pela Mundo Cristão).
     E a própria morte, que para muitos é motivo de apreensão e medo, você não a temia. E até nos ensinou a não temê-la! Sim, porque para nós, que conhecemos a Cristo, morrer é finalmente alcançar a altíssima paz; é ser recebido por um cortejo de anjos; é ser saudado pelos clarins celestiais; é receber vestes resplandecentes, harpas e coroas de ouro; é nos tornarmos mais altos e mais belos que as estrelas, e passarmos a encher os espaços infinitos com melodias de gratidão e adoração a Deus.
     E, para que todos nós aprendamos a não temer a morte, transcreverei aqui, caro poeta, este seu poema sobre a morte – última porta que se abrirá para nós, antes de embarcarmos e subirmos velozmente conduzidos pelo elevador de fogo de Deus, que nos transportará para a cobertura do Céu, com vistas para o infinito (devo esta belíssima metáfora ao meu amigo e irmão em Cristo Nelson Ned, a quem tive a honra de biografar):

Vem, doce morte, eu sei que não és o mistério
do sem fim, o pavor do escuro cemitério,
não és o vulto mau, a sombra horrenda e esguia
do cutelo fatal e da mão muito fria,
cujo afago cruel, implacável, glacial,
arrebata mães e rouba crianças...

E como és diferente!
És um sussurro manso,
um cântico de paz, um hino de descanso.
És o dia esperado em que os filhos da luz
poderão ver, afinal, o rosto de Jesus.
Leva-me pela mão, ó delicada irmã,
ao jardim multicor da Nova Canaã.
Irei como um menino, alegre, num transporte...
Minh’alma te deseja e diz:
“Vem, doce morte!”.

     Gióia, eu não poderia concluir esta carta sem antes citar, integralmente, o seu belíssimo poema, Fica, Senhor, comigo:

Fica, Senhor, comigo; a noite é vasta e fria.
Segura a minha mão, até que chegue o dia.
Em Tua companhia é claro o meu caminho
e eu não quero ficar para sempre sozinho.
Não fosse o Teu cuidado, e eu, por certo, estaria
abatido e infeliz, numa senda de espinho.

Fica, Senhor, comigo; o coração da gente
é fraco e pequenino e bate fortemente
ao ruído menor dos prenúncios fatais,
de procelas cruéis e rudes temporais...
Dá que eu possa sentir, Senhor, eternamente,
amparando meu ser, Teus braços paternais.

Fica, Senhor, comigo; a mocidade passa
como a leve espiral escura de fumaça
e a solidão do velho é triste e sem alento
e plena de incerteza e mau pressentimento.
A Teu lado eu terei consolo na desgraça,
conforto na miséria e paz no sofrimento.

Fica, Senhor, comigo; os meus olhos sem luz
querem também Te ver na Estrada de Emaús
da minha vida, pois só Tu és meu abrigo,
meu amigo melhor, meu verdadeiro amigo.
Por isso é que Te peço, ó bendito Jesus,
eu não quero estar só. Fica, Senhor, comigo!
Até breve, poeta!
Jefferson Magno Costa

terça-feira, 8 de novembro de 2011

E AGORA, DRUMMOND?


Jefferson Magno Costa

     Em dezembro de 2009 visitei a cidade mineira de Itabira, onde nasceu Carlos Drummond de Andrade, o maior poeta brasileiro de todos os tempos. Estive na fazenda onde ele viveu sua infância e adolescência, na casa onde morou no centro da cidade, no colégio onde estudou, no museu e no memorial, onde são preservados alguns de seus objetos pessoais, que enriquecem a múltipla memória do poeta.
     Comecei a ler Drummond ainda na minha adolescência. Posso recitar, de memória, muitos de seus poemas. Porém, não ignoro que em 1987, ele partiu para a eternidade afirmando não crer na existência de Deus.
     Tendo nascido no início do século passado (1902), o menino Drummond foi aluno de estabelecimentos de ensino dirigidos por padres. Contudo, sua obra revela que esse seu contato com pedagogos e sacerdotes católicos não lhe forneceu respostas para as futuras perguntas que ele faria, e não o aproximou de Deus.
     Entre os temas que alicerçam o imenso edifício poético deixado por ele – a vida, o amor, a morte, o homem solitário nas grandes cidades, sua infância em Minas, sua angústia, o eterno adeus a parentes e amigos, sua luta com as palavras, a difícil imposição de existir –, nota-se a quase ausência de assuntos ligados à alma, à vida eterna, a Deus.
     Certa vez, durante uma entrevista, Drummond definiu sua posição diante desses assuntos: “Tenho um pensamento tranquilo a respeito das coisas sobrenaturais. Eu sou – parece pretencioso – agnóstico, aquela pessoa que não tem argumento nem para negar Deus nem para crer em sua existência. Não é posição de mineiro, é visão filosófica antiquíssima. Como não consegui achar uma solução para este problema, para que me atazanar com isto?”
     Mas esse aparente desdém, esse dar de ombros, essa aparente indiferença com relação a Deus tinha raízes que se lançavam no poço de Mara (de águas existenciais amargosas – Êxodo 15.23), de onde fluiu o tom de resignação e amargura que norteou grande parte dos poemas produzidos por ele em sua maturidade e velhice. Já no seu primeiro livro, publicado em 1930, Drummond, um jovem de 28 anos, revelava como tinha sido sua vida até ali: uma tentativa de mostrar-se superior aos contratempos existenciais.
     Mas o jovem poeta não pôde esconder o sentimento de orfandade e vazio que havia dentro de sua alma, e acusou Deus de tê-lo abandonado:

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, porque me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco?

(Trecho do Poema de sete faces)


     O distanciamento da grande questão que divide a humanidade e define o nosso destino eterno – a crença ou descrença na existência de Deus – foi delineando pouco a pouco o rumo que tomou a poesia de Drummond, uma poesia de resignação e lucidez, de análise terrivelmente amarga, existencialista (o mais legítimo existencialismo a Jean-Paul Sartre) da condição humana. Para Drummond, o homem é um órfão, entregue à sua própria sorte, e terá que viver por imposição ou teimosia:


O amor não nos explica. E nada basta,
nada é de natureza assim tão casta
que não macule ou perca a sua essência

ao contrário furioso da existência.


Nem existir é mais que um exercício
de pesquisar da vida um vago indício,
a provar a nós mesmos que, vivendo,
estamos para doer, estamos doendo.
(O relógio do Rosário, 1951).

     Um dos pontos mais altos e expressivos da obra do poeta mineiro é o poema José:


E agora, José?
a festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José,
e agora, você?


Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta,
e agora, José?
(trecho do poema José)

     “E agora, José?” tornou-se a frase conotativa da situação de desespero e perplexidade existencial em que subitamente mergulham muitos seres humanos, especialmente aqueles que jamais tiveram um encontro pessoal de salvação com Jesus, que disse certa vez: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mt 11.28-30).
     Além de ter sido um dos quatro maiores poetas da América Latina (só o nicaraguense Ruben Dario, o chileno Pablo Neruda e o argentino Jorge Luis Borges tiveram envergadura literária tão relevante como a sua), Drummond tornou-se o grande “analista” do ser humano, que dispõe de inúmeros recursos modernos, mas descobre que isto de nada lhe vale quando vem a angústia; quando, mesmo vivendo em uma cidade superpopulosa, a solidão e a tristeza são suas companheiras de todos os dias.
     José simboliza o próprio Drummond, ou todos os homens sem Jesus e sem esperança de salvação, materialmente ricos, porém espiritualmente pobres, miseráveis, perdidos nas pequenas e grandes cidades, distantes da companhia paternal e da graça de Deus:


Sozinho no escuro
qual bicho do mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha José,
José, para onde?


(Trecho do poema José, 1942)

ENTRE O POETA E DEUS HAVIA UMA PEDRA NO MEIO DO CAMINHO
     Após mudar-se de Itabira para o Rio de Janeiro, Carlos Drummond de Andrade cresceu na sua poesia, ampliou seu horizonte temático, universalisou-se, mas procurou manter-se sempre indiferente a Jesus, àquele que seria o Caminho, a Solução, a Porta de salvação para o personagem poético José, e para ele mesmo, Drummond. Entre o poeta e Deus havia uma pedra no meio do caminho:

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
(No meio do caminho, 1942)


     Mas não foi Deus quem colocou essa pedra no meio do caminho do poeta. Foi o próprio Drummond. A pedra da indiferença, do orgulho, da autossuficiência. “Sinceramente, sou uma pessoa terrivelmente corajosa, porque não espero nada de coisa nenhuma. Não tenho religião, não tenho partido político. Vivo em paz com meu critério moral. Vivo em paz com a minha consciência”.
     Ao fazer essa declaração à imprensa em 1982, quando estava com 80 anos de idade, Drummond revelou que continuava sendo o mesmo poeta que escrevera o poema José em 1942, ou o poema Coisa miserável, em 1934: um poeta amargo, cético e serenamente fiel ao seu ateísmo.

“HÁ NO HOMEM UM VAZIO DO TAMANHO DE DEUS”
     Quando Drummond mudou-se para o Rio de Janeiro em 1934, escreveu Coisa miserável, o poema que melhor revela o sentimento de orfandade e abandono existencial em que ele vivia, a nudez de sua alma solitária, amargurada, despida de Deus, desprovida de qualquer esperança na vida eterna:


Coisa miserável,
suspiro de angústia
enchendo o espaço,
vontade de chorar,
coisa miserável,
miserável.

Senhor, piedade de mim,
olhos misericordiosos
pousando nos meus,
braços divinos
cingindo meu peito,
coisa miserável
no pó sem consolo,
consolai-me.

Mas de nada vale
gemer ou chorar,
de nada vale
erguer mãos e olhos
para um céu tão longe,
para um deus tão longe
ou, quem sabe? para um céu vazio.

É melhor sorrir
(sorrir gravemente)
e ficar calado
e ficar fechado
entre duas paredes
sem a mais leve cólera
ou humilhação.

     No Poema da necessidade, escrito em 1940, Drummond reconhece:


É preciso crer em Deus.


     Mas o poeta resolveu manter-se fiel ao seu posicionamento agnóstico, ao seu triste estado de orfandade espiritual e resignação. Órfão de Deus, em toda a sua amarga e terrível plenitude:


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas a rude trabalho.
E o coração está seco.
(Os ombros suportam o mundo, parte do poema).


O POETA DIANTE DA MORTE
     Drummond jamais aceitou o fato de sua filha, Maria Julieta, ter morrido antes dele. Achou que isto fora uma injustiça de Deus. Amava profundamente a filha, e logo após o sepultamento dela, pediu à cardiologista que o tratava que lhe receitasse “um infarte fulminante”. Anos antes, o poeta revelara sua atitude diante da morte:
     “Aceito a idéia da morte. Como não tenho religião, não vou pedir a Deus para prolongar a minha vida, para me dar uma morte serena. Aceito a minha sorte. Não adiantaria ficar choramingando “quero viver, quero viver!”. Só quero morrer tanquilo comigo mesmo. Eu me desejo uma boa morte.
     E foi em um completo estado de rejeição a Deus que o poeta partiu para a eternidade. Teve Drummond uma boa morte?
     Quando o genial romancista russo Fiódor Dostoiévski escreveu a frase "Há no homem um vazio do tamanho de Deus", referiu-se tanto à necessidade que o ser humano tem de crer na existência do seu Criador, quanto às provas que o Criador colocou dentro de Sua criatura, acerca de Sua existência. (Veja o Salmo 139.7-12).
     Como o deslizar das águas de um imenso rio, o tempo passa levando consigo todas as gerações humanas que vêm e vão, uma após a outra. Porém, imutável sobre o incontável número de seres humanos que desaparecem tragados pela morte, pairam a idéia e a certeza da existência de Deus, brilhando como um sol no céu do Universo, proclamando sempre ao ser humano (quer ele tenha sido Drummond, ou eu, ou você): “Eu sou o Senhor teu Deus...”, Deuteronômio 5.6.
Jefferson Magno Costa


Inajá Martins de AlmeidaFeb 1, 2011 02:22 AM
Caro Pastor Jefferson
Estou a chorar, por fora e por dentro.
O peito oprimido pela riqueza do poeta Drummond.
A forma como os retalhos do magistral poeta foram alinhavados neste brilhante texto me levou a um sismar perene: o que pode o homem fazer sem a presença de Deus em seu viver, quando Ele mesmo diz que sem Ele nada poderemos fazer?.
Sou grata por Ele ser o meu Senhor eternamente, essa Pedra Angular em meu caminho.
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Jefferson Magno CostaFeb 1, 2011 04:53 AM
Prezada irmã Inajá Martins, termos sido alcançados pelo amor e pela salvação de nosso Senhor Jesus Cristo, como pessoas comuns que somos, sem possuirmos mérito algum (todos os méritos estão em Cristo; "todas as fontes estão em Tí", segundo disse em um poema o grande e saudoso poeta Joanyr de Oliveira), só a Sua infinita misericórdia, só a Sua maravilhosa graça explicam.


Adelino Alves BonfimNov 9, 2011 07:10 AM
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra
e tinha um coração
de pedra.
Um cego que não queria ver
e tropeçou
na sua pedra.

Pastor Jefferson; Drummond foi um grande poeta, mas tambem um grande cego. Não conseguiu ver Deus, apesar de Deus lhe dar 80 e poucos anos para enxergá-lo. Um abraço.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

PARTICIPANTE DO ROCK IN RIO: O MAIOR GUITARRISTA DO MUNDO DEDICOU NO CALVÁRIO SEU MELHOR SOLO DE GUITARRA A VOCÊ

Jefferson Magno Costa

     Certa vez ele tocou uma música que repercutiu como nunca no palco do mundo inteiro, e conquistou o próprio coração de Deus.
     Momentos antes ele havia conduzido, com dificuldade, sua pesada guitarra de madeira, que tinha o formato de uma cruz, até o alto de uma rocha chamada Calvário. Talvez tenha sido por isso que ele tornou-se conhecido como Cristo in Rock (Cristo na Rocha), ou Cristo do Calvário.
     Ele dominava tão bem a sua arte que era capaz de tocar sua guitarra simplesmente encostando-se nela. E foi o que ele fez. Para que o mundo inteiro pudesse vê-lo e ouvi-lo, os cenógrafos do Calvário o cravaram sobre sua guitarra e o ergueram. O mundo jamais viu ou ouviu guitarrista igual.
 Sua palheta eram pregos. A letra da música que ele cantou era composta das seguintes palavras: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
 Em seguida, ele contemplou a multidão e disse: “Pai, perdoa-os porque eles não sabem o que fazem" (Lucas 23.34). Após dar o melhor solo de guitarra de toda a sua vida, ele encerrou a sua carreira dizendo: “Está consumado” (João 19.30). Reclinando a cabeça para o lado, fechou os olhos e expirou.
     Extasiado com o que ouvira, e talvez querendo levar o guitarrista a tocar outra vez, um daqueles cenógrafos do Calvário aproximou-se de Cristo in Rock e golpeou o seu coração com uma lança. Um rio de sangue escorreu do Seu peito. Cristo in Rock tornara-se agora Cristo in Rock in Rio de sangue. Cristo inundando a rocha do seu e do meu coração com o rio de sangue do Seu amor.


 A música que Cristo in Rock tocou para o mundo tem um nome: Reconciliação com Deus. Ele dedicou essa música a mim e a você. Ouça-a, e tire o melhor proveito de sua letra para sua vida. (Vá a uma igreja evangélica. Cristo in Rock in Rio espera você lá).


Jefferson Magno Costa

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A POETISA EVANGÉLICA PERNAMBUCANA ELIÚDE MARQUES E SUA "APOTEOSE AOS CAMPOS BRANCOS"


Jefferson Magno Costa

(Matéria escrita em 1984 para a seção Contato Poético da revista A Seara, periódico da Casa Publicadora das Assembleias de Deus)


Campos brancos...
Imensos se estendem pelo universo
E mãos hirtas de desespero
Erguem o grito da última oportunidade.


Onde estão os ceifeiros?
Onde as mãos que protegem, abençoam,
Defendem, libertam, cultivam e salvam?


Campos brancos...
Frutos maduros apodrecem:
Na orgia, no vício, na incerteza, no caos
À espera dos ceifeiros que não chegam,
Que não ouvem os seus gritos submersos
Pela guerra, pelo crime
E por toda a violência e descrença
Nas máquinas e nos operários da paz.


Onde estão os ceifeiros?
Vinde hoje, vinde todos
Os tímidos adiáveis
Os fracos e os esforçados,
Os pobres e os abastados...
Há tanto espaço vazio
E os dos celeiros se escancaram
Num convite improrrogável,
Pois as sombras da grande noite
Já se projetam no mundo.


Ceifeiros, o Senhor da Seara vos pedirá conta
E pesará vosso gesto
Se quis dar-vos a força e vós enfraquecestes;
Se vos abriu a porta e lhe negaste ajuda;
Se vos entregou talentos e não fizestes o trabalho;
Se vos traçou Seu caminho e fostes por vosso atalho.


Despertai, trabalhadores da undécima hora,
Enchei as mãos vazias e multiplicai os celeiros,
Pois o Senhor se aproxima com soberania e glória
No Tribunal da justiça em julgamento final
Para a possessão da paz,
Numa apoteose aos campos
Que não branquejarão mais.

     A geração dos novos poetas evangélicos tem muito o que aprender com aqueles que já cristalizaram seu talento no difícil oficio de lutar com as palavras para com elas produzir beleza.
     É necessário àqueles que cultivam a poesia não se fecharem em uma escola, ou elegerem um determinado autor como único ponto de referência ou modelo na criação de suas poesias. Isto só estreitaria os horizontes, só bloquearia o conhecimento de outros nomes, de outros valores pertencentes à galeria dos bons poetas das literaturas de língua portuguesa.
     Aqueles que se fecharam nos conceitos da escola da poesia atual, orgulhosa e auto-denominada de estritamente modernista, se não fosse o caráter eclético e aberto desta página (Contato Poético), não teriam a oportunidade de aprender com a experiência e o valor de conteúdo e estética dos trabalhos de uma poetisa como Eliúde Marques.
      A autora do poema Apoteose aos Campos Brancos (que é também título de seu segundo livro) esteve visitando recentemente o Rio de Janeiro, quando participou do culto de abertura dos trabalhos comemorativos do Jubileu de Diamante da Assembleia de Deus em São Cristóvão, bairro da cidade do Rio.
     Naquele momento histórico, e no histórico púlpito daquele templo, a conhecida poetisa pernambucana recitou seu poema Apoteose. Movida pelo Espírito do Senhor da Seara, a igreja recebeu, emocionada, a grandiosa mensagem poética magistralmente entregue por Eliúde Marques.
     A autora de Primícias do Meu Jardim confessa sua grande admiração pela poesia de Mário Barreto França. Sabemos da influência que a obra desse poeta tem exercido sobre os evangélicos que amam a poesia, especialmente sobre os que costumam recitar poemas nos púlpitos das igrejas.
     Aliás, a poetisa lamenta que os declamadores estejam se extinguindo entre nós: “Com muita tristeza tenho notado que até mesmo no Nordeste as moças e rapazes que declamavam se extinguiram. E com isso a poesia está, de um certo modo, se extinguindo. O nosso povo não a valoriza mais como a deveria valorizar. Isso não ocorria na minha época, quando eu era criança, quando eu era jovem. É com tristeza que constato que a poesia não está mais ocupando seu merecido lugar na igreja. Porém, precisamos incentivar os jovens a escrever poesias, pois só assim surgirão novos talentos...”
     Em 1972 a CPAD publicou o primeiro livro de Eliúde Marques, Primícias do Meu Jardim. A tiragem de dez mil exemplares projetou o nome de Eliúde Marques entre as igrejas evangélicas pentecostais.
     Naquela época sua poesia estava essencialmente marcada pelo estilo de Mário Barreto França: tom declamatório, vocabulário simples, versos correntios, métrica e rima regulares. São as marcas da escola condoreira (nome derivado de condor, aquele falcão solitário que constrói seu ninho nas imensas alturas dos Andes). Estas caractísticas marcaram o estilo da fase final da poesia romântica brasileira, cujo principal representante foi Castro Alves.
     Com o passar dos anos, Eliúde Marques perfeiçoou seu estro, leu novos autores, diversificou seu repertório temático, e afastou-se das antíteses e hipérboles e do tom grandiloquente, puramente discursivo da poesia condoreira. Passou a escrever poemas descompromissados com as estreitezas das escolas conservadoras, e a praticar uma poesia cujo principal objetivo sera ser lida e estendida. 
     A obra de um poeta como Gióia Junior foi cuidadosamente lida por Eliúde Marques. Essa variação de modelos poéticos resultou no enriquecimento técnico dos trabalhos da poetisa. Após muitas leituras, estudos da Bíblia e do assunto missões, Eliúde sentiu-se madura o suficiente para produzir o material que compôs o seu segundo livro: Apoteose aos Campos Brancos, publicado pela CPAD em 1982. Este livro está saindo agora em segunda edição.
     A poetisa Eliúde Marques é um dos grandes valores da poesia evangélica brasileira. Ela hoje prefere manter-se, poeticamente falando, em um território de equilíbrio diante do leitor: um tanto afastada de Mário Barreto França, e mais próxima do estilo de um Gióia Junior, mas sabendo que do outro lado está o primoroso, ultra-ténico e avançadíssimo Joanyr de Oliveira e a escola de poetas que têm afinado o seu estro pelo diapasão e os conselhos poético-doutrinários da seção de A Seara, Contato Poético, dirigida pelo Joanyr.

Jefferson Magno Costa







sexta-feira, 2 de setembro de 2011

1 DÓLAR E 11 CENTAVOS POR UM MILAGRE


Jefferson Magno Costa


     Uma garotinha de 6 anos ouviu os pais dizerem que não tinham dinheiro para pagar a cirurgia que seria necessário fazer na cabeça do irmãozinho mais novo. Só um milagre poderia salvá-lo.
     Imediatamente a garotinha foi para o seu quarto, esvaziou o cofrinho, contou as moedas, fechou-as na mão e saiu para a farmácia.
     O farmacêutico estava conversando distraidamente com um homem. Ela esperou. Quando percebeu que não seria notada, pigarreou, tossiu, esfregou os pés no chão, levantou o bracinho, e finalmente bateu com uma moeda no vidro.
     — O que você quer, menina? Não vê que estou ocupado conversando com meu irmão que não vejo há muitos anos? — disse-lhe o farmacêutico.
     — Eu também quero lhe falar sobre o meu irmão. Ele está muito doente. Quero comprar um milagre para ele — respondeu a menininha erguendo-se na ponta dos pés para ver melhor o rosto do homem do outro lado do balcão.
     — Um milagre?
     — Sim. Quanto custa? É para o Andrew. Ele está com uma coisa muito ruim crescendo dentro da cabeça, e papai disse que só um milagre pode curá-lo. Se o dinheiro que eu tenho aqui não der para pagar, posso vender minhas bonecas e conseguir o restante. Quanto custa um milagre, moço?
     — Aqui nós não vendemos milagres, menina.
     Neste momento o irmão do farmecêutico entrou na conversa e perguntou:
     — Quanto você tem para comprar o milagre?
     — Um dólar e 11 centavos.
     Aquele homem era um famoso neurocirurgião que chefiava um grande hospital em Nova Iorque. Comovido e admiradíssimo, o cirurgião disse à menininha:
     — Puxa, que coincidência! Um dólar e 11 centavos é exatamente o preço que os médicos costumam cobrar por milagres para irmãozinhos.
     Fechou as moedas na mão esquerda e deu a mão direita à menina, pedindo-lhe que o levasse à sua casa.
     Andrew foi examinado, transferido para Nova Iorque, operado, e três meses depois estava totalmente curado e livre da doença. Imensamente agradecido, porém muito preocupado, o pai do menino entrou no consultório do neurocirurgião e perguntou quanto estava devendo ao hospital e ao médico.
     — Todas as despesas já foram pagas há três meses. Custaram um dólar, 11 centavos e a fé de sua filhinha.
     Prezado leitor: O mais terrível câncer, a mais terrível doença que ataca o ser humano chama-se pecado. Porém, o médico dos Médicos, Jesus Cristo, já providenciou a cura para ele: o seu próprio sangue derramado em nosso favor na cruz do Calvário. Todos nós precisamos desta cura.
     Jesus tem o poder de curar esse e todos os outros tipos de câncer, e qualquer outra doença que ataca o ser humano. E nem será necessário pagar 1 dólar e 11 centavos. É só crer. É ele, Jesus, “que perdoa todas as tuas iniquidades [pecados], e sara todas as tuas enfermidades” (Sl 103.3). Aceite-o como Salvador agora, e com a salvação você pode receber também a cura de suas doenças. Você só precisa pedir com fé e confiar. (Vá a uma igreja evangélica. O Médico dos médicos está à sua espera lá).

Jefferson Magno Costa

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A MULHER RICA QUE FOI LEILOADA

Jefferson Magno Costa

     Um grande evangelista pregava em uma praça de uma cidade da Inglaterra, quando a mulher mais rica da cidade, que gostava de zombar dos evangélicos, pediu que o motorista parasse sua limusine, pois ela queria ouvir aquele pregador.
     O mensageiro de Deus estava pregando sobre o valor de uma alma. Quando viu a orgulhosa mulher, comentou:
     — Acaba de chegar aqui a mulher mais rica da cidade. Vamos colocar imediatamente sua alma em leilão. Quem dá mais pela alma desta rica mulher?
     A multidão silenciou, curiosa e surpresa. Virando-se para o lado esquerdo, o pregador prosseguiu:
     — Alguém fez uma oferta. Satanás está oferecendo por sua alma todos os prazeres do mundo. Promete satisfazer todos os desejos carnais desta senhora. Em troca, ele só pede sua alma. Não! Não aceitamos sua oferta, Satanás!
     Olhando para cima, o pregador perguntou:
     — E tu, Senhor Jesus, o que ofereces pela alma desta rica mulher? Jesus está respondendo:
     — Por sua alma eu já derramei o meu sangue na cruz do Calvário. Dei por ela minha própria vida. Se ela concordar em me aceitar como seu Salvador, passarei a estar sempre com ela, dando paz ao seu coração. E quando ela morrer, viverá eternamente comigo no Céu.
     Levantando os braços, o pregador disse:
     — Nós aceitamos a tua oferta, Senhor Jesus!
     Dirigindo-se à rica mulher, o pregador perguntou:
     — E a senhora, aceita os termos desta negociação? Permite que Jesus seja agora o dono de sua alma?
     Com os lábios trêmulos mas a voz firme, a mulher respondeu:
     — Sim. Aceito!
     A quem pertence sua alma, prezado leitor? A Jesus ou a Satanás? Nesta questão é impossível manter-se neutro. Essa disputa independe de você. Ou sua vida está sob o controle do senhor das trevas, ou está sob o controle do Senhor da luz, Jesus Cristo.
     É o próprio Jesus quem lhe faz o convite: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28); “Porque todo aquele que clamar pelo meu nome será salvo” (Romanos 10.13), e “O que vem a mim de maneira alguma o lançarei fora” (João 6.37).
     Faça como aquela rica mulher: diga “Sim!” para Jesus. Vá a uma igreja evangélica e entregue sua vida a Ele.

Jefferson Magno Costa

PARTICIPANTE DO ROCK IN RIO: O MAIOR GUITARRISTA DO MUNDO DEDICOU NO CALVÁRIO SEU MELHOR SOLO DE GUITARRA A VOCÊ

Jefferson Magno Costa

     Certa vez ele tocou uma música que repercutiu como nunca no palco do mundo inteiro, e conquistou o próprio coração de Deus.
     Momentos antes ele havia conduzido, com dificuldade, sua pesada guitarra de madeira, que tinha o formato de uma cruz, até o alto de uma rocha chamada Calvário. Talvez tenha sido por isso que ele tornou-se conhecido como Cristo in Rock (Cristo na Rocha), ou Cristo do Calvário.
     Ele dominava tão bem a sua arte que era capaz de tocar sua guitarra simplesmente encostando-se nela. E foi o que ele fez. Para que o mundo inteiro pudesse vê-lo e ouvi-lo, os cenógrafos do Calvário o cravaram sobre sua guitarra e o ergueram. O mundo jamais viu ou ouviu guitarrista igual.
     Sua palheta eram pregos. A letra da música que ele cantou era composta das seguintes palavras: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
     Em seguida, ele contemplou a multidão e disse: “Pai, perdoa-os porque eles não sabem o que fazem" (Lucas 23.34). Após dar o melhor solo de guitarra de toda a sua vida, ele encerrou a sua carreira dizendo: “Está consumado” (João 19.30). Reclinando a cabeça para o lado, fechou os olhos e expirou.
     Extasiado com o que ouvira, e talvez querendo levar o guitarrista a tocar outra vez, um daqueles cenógrafos do Calvário aproximou-se de Cristo in Rock e golpeou o seu coração com uma lança. Um rio de sangue escorreu do Seu peito. Cristo in Rock tornara-se agora Cristo in Rock in Rio de sangue. Cristo inundando a rocha do seu e do meu coração com o rio de sangue do Seu amor.
     A música que Cristo in Rock tocou para o mundo tem um nome: Reconciliação com Deus. Ele dedicou essa música a mim e a você. Ouça-a, e tire o melhor proveito de sua letra para sua vida. (Vá a uma igreja evangélica. Cristo in Rock in Rio espera você lá).


Jefferson Magno Costa

sábado, 27 de agosto de 2011

POR QUE AS PESSOAS SE MATAM?

Jefferson Magno Costa

De onde surge essa força noturna, absoluta e terrível em sua trajetória, inexplicavelmente precipitada sobre seres criados à imagem e semelhança de Deus? E como consegue desequilibrar e anular o harmonioso conjunto natural de imperativos que prende o indivíduo à vida, como a família, a sociedade, a pátria, o amor, Deus e o próprio e indiscutível instinto de sobrevivência? 
A cada oitenta e quatro segundos no mundo, alguém renuncia à vida e suicida-se. Tão devastador como o câncer, o infarto do miocárdio, a depressão e os acidentes de trânsito, o suicídio é uma das principais causas de morte na época atual.
Suicidas e atos suicidas
     A literatura suicidológica é vasta e abrangente e sobre o tema existem tratados de caráter médico, psiquiátrico, sociológico, filosófico, jurídico e estatístico. Mas, apesar da multiplicidade dos aspectos em que o problema tem sido abordado, e do interesse que tem despertado em todos os grandes pensadores da humanidade, o suicídio continua sendo, “pela impossibilidade de se estabelecer a intencionalidade ou o grau de consciência no resultado final da morte” (1), o ato mais absurdo da natureza humana. 
      Enforcando-se, envenenando-se, incendiando-se, precipitando-se, de lugares altos, utilizando-se arma branca, arma de fogo, deitando-se na linha férrea, aspirando o monóxido de carbono do cano-de-escape do automóvel ou jogando-se diante de suas rodas: casais de namorados, adolescentes solitários, professores, donas de casa, milionários, aficionados de esportes, religiosos, políticos, operários e artistas protagonizam diariamente essa obscura e obstinada tragédia, sobre a qual necessita-se de uma completa informação de causa.
     Ignora-se, na maioria dos casos, o motivo, a idiossincrasia da pessoa, o ambiente em que se desenvolvia, a educação recebida, a racionabilidade do gesto auto-destrutivo, a capacidade de raciocínio, o grau de enfermidade, a “lógica” de sua alienação.
     Pois é impossível falar-se de lógica dentro do próprio absurdo. Características pessoais, sociais, profissionais e ambientais do individuo raramente oferecem alguma possibilidade de se estabelecer o “suicídio explícito”, o que não impede, porém, que o ato continue a ser estudado em sua origem e repercussão.
      A funda perplexidade dolorida e geral que o gesto produz é, talvez, resultado da evidente negação do suicida a todos os valores que estruturam a sociedade. Para aquele que se foi, resultaram inúteis os sistemas educativos, as relações políticas, profissionais, amorosas, religiosas e de qualquer outra índole. Ouve-se, ao redor, um mudo soluço crítico e cósmico por esse gesto tão decisivo, por essa abominável deserção.
      “O suicídio é uma maneira totalizadora de fracasso, um reconhecimento fatalista da dura mecânica estipulada pela lei da espécie em seu processo seletivo e a preeminência do melhor, um erro, uma estupidez, uma convenção, um rito, uma mera antecipação da inevitável morte natural, qualquer coisa, mas também pode ser uma liberação, uma nostalgia desmesurada e intolerável de certa ideia fascinante da vida que se nega a realizar-se, uma soberba”.(2)

Estudiosos do suicídio
     As conclusões a que chegaram os grandes estudiosos do problema, algumas sábias, outras controversas, outras mesquinhas e irônicas, não esgotam ou resolvem o eterno mistério que envolvem o tema. É larga e conhecida a incapacidade geral de se apanhar o problema de frente e defini-lo satisfatoriamente, decifrando-o em seus filamentos enigmáticos, mirando-o em seu rosto de esfinge absurda. 
     Platão (Grécia, 429-347 a.C.), no seu Diálogo das Leis (3), questiona sobre as penas que deveriam ser impostas a quem renunciasse voluntariamente à vida, e conclui que o suicida deveria ser enterrado só, sem compartilhar sua sepultura com ninguém, nos confins do território grego, em local inculto e ignorado, sem honras, sem acompanhamento e com a proibição de se erigir qualquer marco sobre sua tumba.
     A concepção em que se tinha os suicidas na antiguidade clássica ainda não se havia carregado das conotações que envolvem o problema atualmente. O “suicídio imposto”, ordenado pelo poder, (ex: o suicídio de Sócrates, de Sêneca e outros) não era exatamente considerado suicídio. O jurista Beccaria (Itália, 1738-1794), no seu livro Dos Delitos e das Penas (4), considera o suicídio um delito cuja pena é de impossível aplicação, “pois essa pena só poderia recair sobre um corpo insensível e sem vida, ou sobre inocentes”. 
     O suicídio é uma rebelião contra Deus e um ato que prejudica frontal e dolorosamente a família do réu. “O homem perturba o equilíbrio da natureza destruindo uma coisa sobre a qual não tem domínio”, acrescenta o filósofo espanhol James Balmes. Somos usufrutuários da vida, não proprietários dela. Comemos dos frutos da árvore, mas não temos o direito de cortá-la pela raiz, é o que se conclui. 
     “Quando um homem se mata, é a um homem a quem ele mata, sendo, portanto, indiscutível sua condenação”, disse acertadamente Aurélio Agostinho (África, 354-430 d.C.).
     O grande sociólogo Emile Dukheim (Alemanha, 1858-1917), um dos maiores estudiosos do assunto, foi quem primeiro salientou que o estudo da sociedade a que o suicida pertencia é mais importante do que o estudo da constituição biológica e temperamental deste. Para ele a religião serve de freio, porque é uma “sociedade” que preserva o individuo com sua tradição e práticas comuns e cria uma coesão de grupo. É famosa a sua classificação do suicídio em tipos elementares e tipos mistos. No livro Duelo e Melancolia,Freud (Áustria, 1856-1939) aponta a melancolia como a principal responsável pelo desapego do indivíduo à vida. O grande psicanalista diz que esse sentimento se origina da perda de um ser amado ou de uma subtração equivalente: a pátria, a liberdade, o ideal. 
     Na melancolia desaparece o interesse pelo mundo exterior, a capacidade de amar diminui, e diminui, também, a auto-estima. Freud disse que existem dois tipos de suicídio: o suicídio puro e o suicídio crônico. Uma pessoa começa a cometer suicídio muito antes de empunhar a arma que a vai destruir. Portanto, a grande maioria dos suicídios é crônica. Menninger batizou esse tipo de suicídio de “suicídio palmo a palmo”.
     Atitude verdadeiramente diabólica, fria e cretina demonstrou o filósofo francês Jean-Paul Sartre com relação ao assunto, no seu livro O Ser e o Nada. Diz ele que temos direito de questionar nossa vida, e que a angústia ante o porvir e suas inúmeras contradições cessariam recorredo-se ao suicídio, que, na opinião dele, se constitui uma contra-angústia, uma indecisão levada a decisão, o teste absoluto e extremo (e imediatamente extático, negativo e nulo, acrescentamos) da liberdade humana. O romancista francês Albert Camus reconheceu no seu livro O Mito de Sísifo: “Certamente não existe mais que um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio. Encontrar solução e justificativa para ele é encontrar solução para o próprio absurdo”.

O suicídio e a sociedade moderna
     A vida no Ocidente tem como base uma cultura depressiva, de alta densidade psíquica. Os regimes políticos não definem se em determinado país haverá maior ou menor propensão do indivíduo ao suicídio. A história moderna mostra que tanto nos países socialistas como nos países democráticos, as taxas de suicídio oscilam inconcludentemente. Porém, em certo sentido, a auto-destruição reflete o tipo de relação do indivíduo com a comunidade.
     Estatísticas revelam que se suicidam mais homens que mulheres, mais brancos que negros, mais casados que solteiros.
     Durante a Segunda Guerra Mundial, os vocábulos japoneses banzai, kamikazi, kaiten e harakiri se revestiram de um significado impressionante e terrível para os ocidentais. Banzais eram tropas de combatentes japoneses que, nos combates noturnos, surgiam das trevas como alucidados e se arremessavam sobre o inimigo, para matá-lo ou ser morto por ele. Vinte e quatro mil japoneses morreram em uma única batalha, na ilha de Saipã, em ataques banzais contra os norte-americanos.
     Quando as esquadras americana e inglesa, transportando tropas para o grande desembarque em Okinawa, foram localizadas no Pacífico pelos japoneses, criou-se, como medida de emergência, o corpo kamikazi: um grupo de aviadores que se ofereceram para deter o avanço das duas esquadras. Cada aviador teria que conduzir o seu avião, carregado de bombas, e precipitar-se com ele sobre um navio, de preferência um porta-aviões ou um transporte-de-tropas. Com o impacto, o avião explodiria, levando, inevitavelmente, o navio a naufrágio. 
      Os kaitens eram submarinos, também designados para afundarem navios inimigos. Cada submarino só comportava um tripulante, era equipado com uma bomba de 1200 quiilos, e o japonês que o pilotava teria que desenvolver a velocidade de 40 nós (cerca de 80 km horários) e colidir com o casco do navio inimigo. 
     Quando, no final da Segunda Guerra Mundial, o Imperador Hirohito anunciou que o Japão se renderia incondicionalmente, milhares de militares (entre eles, oficiais de alta patente), em protesto, praticaram o harakiri – o suicídio pelo apunhalamento do baixo ventre. Nenhum povo tem demonstrado, em toda a história, tamanha frieza e tanta identificação com o suicídio, como o japones. (5)
     O excelente nível de vida social na Suécia, Suíça  e Dinamarca, e o alto índice de suicídioss nesses países cria uma situação difícil e contraditória para os estudiosos do problema. A Áustria é um país tradicionalmente católico, e o seu elevado número de suicídios é outro fator paradoxal e desconcertante. O setor oeste de Berlim tem sido um lugar excepcionalmente trágico. A taxa anual de suicídios nos E.U.A. ultrapassa 25 mil. No auge do governo Kadafi, a Líbia foi considerada a maior escola de terroristas–suicidas do mundo. Todos os assassinos de celebridades, afora os impulsos iconoclastas e as aspirações de fama súbita que os moviam, revelaram desejos suicidas. Os “esportes solitários” propiciados pelo mundo moderno, como a asa delta, o esqui, o surf e outros, roçam a asa do suicídio.
     Antes da derrubada do muro de Berlim, na Republica Federal da Alemanha registrava-se o suicídio anual de quase três mil menores, com idades entre 15 a 18 anos. O registro se constituiu um dos fenômenos mais desconcertantes da sociedade moderna.
     Na Grã-Bretanha, o reverendo Eldrid, presidente da sociedade The Samaritans, dedicada à prevenção do suicídio naquele país, declarou que é entre os meninos de 13 a 15 anos que se verificam os mais altos índices auto-destrutivos. Os jovens são os que menos temor têm da morte, por considerá-la algo irreal, não entendo o seu verdadeiro significado. Segundo o reverendo, as relações conflitantes com os pais, a rigidez dos métodos de ensino, os primeiros passos no terreno da sexualidade, a publicidade e o desequilíbrio emocional criado pela sociedade de consumo, “levando uma menina de 15 anos a desejar a morte por não poder usar um conjunto ´jeans`, tal como a garota-propaganda do cartaz ou da televisão está usando”, são algumas das causas deste auto-extermínio juvenil.
     Durante as comemorações da morte de Marilyn Monroe, um dos maiores mitos feminino do cinema americano, consideraram-na o protótipo, ou seja, o modelo de todas as celebridades artísticas que, inexplicavelmente, se auto-anulam na prática suicida. Normam Mailer, seu grande biógrafo, escreveu estas tocantes palavras, no final do seu livro Marilyn
     “Em todo este debate sobre os pormenores de sua morte, esquecemos a dor de sua perda. Marilyn desapareceu. Abandonou-nos, deslizando para além da última linha do horizonte do último comprimido. (...)
Despediu-se do mundo que conquistara mas não podia usar. Nunca saberemos se foi em tais termos que ela partiu. Pode ser que tenha cambaleado, passado a fronteira sem o saber, lamentando-se no último recanto do seu coração, sem que uma só voz conhecida lhe pudesse acudir”. (6)
     Poderíamos citar, também, a contra-cultura e o movimento Hippie, toda uma geração rebelde e desencontrada. Milhares de seus membos suicidaram-se pela ingestão de altas doses de drogas; 
milhares de moças morreram em decorrência da promiscuidade sexual que as levou à prática desenfreda do aborto; milhares de jovens morreram praticando a “roleta russa”, o diabólico jogo da morte.
     Portanto, o fracasso amoroso, social, econômico e político, a idade avançada, a viuvez, o celibato, a necessidade de filhos, as enfermidades incuráveis, as drogas, a alta densidade de povoação e nível de vida, o desemprego, a influência da publicidade, o alcoolismo, a tristeza, a solidão, a incompreensão e a atual e sempre crescente ausência de Deus entre os interesses que movimentam a humanidade, em seu grande avanço espiritual e moralmente trôpego rumo ao vazio existencial e o desespero, são as grandes causas do suicídio generalizado. (7)

O suicídio e a Bíblia
     O texto Sagrado conta que Saul, após um reinado sem nenhum brilhantismo, lançou-se sobre a sua própria espada e morreu, sendo logo em seguida imitado por seu pajem de armas, na derrota israelita frente aos filisteus, sobre a montanha de Gilboa (1 Samuel 31.4,5).
     Quando o príncipe Absalão conspirou contra o rei Davi, Aitofel, conselheiro do rei, apoiou a rebelião do príncipe, “pelo que disse Davi: ó Senhor, peço-te que transtornes em loucura o conselho de Aitofel” (2 Samuel 15.31). O conselheiro da loucura induziu Absalão a coabitar com as concubinas de seu pai, à vista de todo o Israel. Mas quando sugeriu que se formasse um exército exército de 12 mil homens para atacar e matar o rei Davi, o que certamente resultaria na derrota e no fim do grande rei, o Senhor levantou outro conselheiro, Husai, que desfez o conselho de Aitofel sugerindo outro plano. Isso desviou a fúria parricida de Absalão, mas entristeceu profundamente Aitofel. Ferido no seu orgulho, Aitofel "albardou o jumento, dispôs-se e foi para casa e para sua cidade; pôs em ordem os seus negócios e se enforcou; e morreu e foi sepultado na sepultura de seu pai”, 2 Samuel 15.17.
     Moisés (Números 11.10-15); Elias (1 Reis 19.4);Jó (3.20,21) e Jonas (Jn 4.3), em circunstâncias respectivamente diversas, desejaram a morte.
     Após trair Jesus Cristo, Judas, profundamente tocado pelo remorso e cheio de angústia, jogou as trinta moedas de prata no adro do Templo e se enforcou, levando sobre si a mais pesada sentença já pronunciada por Jesus: “Melhor lhe fora não houvesse nascido”.
     Tudo isso prova que a cronologia do suicídio é antiga. Como uma maldição, errando pelo enorme céu negro, lívida, exalando noite e umidade, a sombra desse grande mal derrama-se sobre todas as almas noturnas, desviadas das rotas da luz. Mas, afinal, por que o suicídio?
     Quando o homem tropeçou no Éden estabeleceu, pelo pecado, uma imensa separação entre ele e Deus. E quanto mais se distanciou pelos caminhos da História, quanto mais caminhou, erguendo e destruindo, coroado de glórias e de misérias, tanto mais sentiu o quanto lhe seria doloroso e profundo, dentro de si, o abismo de sua solidão. Pascal (França, 1623-1662) exclamou nos seus Pensamentos: “O silêncio eterno desses espaços infinitos me apavora”(8). 
     É profunda a perturbação que padece a sociedade moderna. “Há no homem um vazio do tamanho de Deus”, escreveu certa vez o grande romancista russo Fiódor Dostoievski. Will Durant, historiador norte-americano, viu no progresso do homem a sua própria perda, e escreveu: “A Revolução Industrial ergueu cidades, as cidades criaram multidões, e a multidão desfez o homem”.
     Porém, por mais angustiante e desesperadora que seja a vida do homem, por mais complexos e aparentemente insolúveis que sejam os seus problemas, no suicídio ele jamais encontrará a solução do que procura. O desespero, a fuga, a covardia, a extinção de si mesmo é o que existe de mais absurdo e contrário aos desígnios da Natureza e de Deus. Não existe lei alguma, gravada no papel ou no coração do homem que autorize essa espécie de eutanásia auto-imposta. A vida é um dom divino. Só Deus pode decidir sobre o seu início e o seu fim. “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela”, 1 Samuel 2.6. “Não matarás”, diz o sexto mandamento do Decálogo: Êxodo 20.13. Suicidar-se é igualar-se aos anjos rebeldes e eternamente banidos dos céus; é mergulhar para sempre no escuro abismo do Abominável; é afrontar a Deus, ferindo e anulando a sua imagem e semelhança espelhada em nós; é descer os degraus da escuridão e irrevogavelmente lançar-se nas trevas.
     Fora de Deus não há salvação, nem tampouco solução para qualquer problema. “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”, Salmo 9.1. As nuvens de chumbo se dissiparão, os olhos escurecidos pelas trevas resplandecerão na Luz. Como uma aurora viva, cheia de orvalho, de claridade, de fecundos descansos, uma brisa suave soprará anunciando o alvorecer da paz de Jesus Cristo nos corações que o buscarem; a esperança se dilatará nos caminhos da Vida, conquistada pelo sangue e pelo sacrifício de Jesus. Quem o invocar será resgatado do vale da sombra da morte.
     O porquê do suicídio é a falta de Jesus nos corações. Portanto, aos desesperados, Ele suavemente diz, os braços mansamente abertos, o olhar compassivo, o rosto sereno voltado para cada um: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Bibliografia
1-       Eduardo Tijeras. El Estupor del Suicidio. Editorial Latina. Madrid. 1980. p. 11.
2-       Idem, p. 15
3-       Platón, Diálogos. 18º edição. Editorial porruá, S.A. México. 1979.
4-       Cesare Beccaria. Dos delitos e das Penas. Edições de Ouro. Rio de Janeiro. 1965, pp.165-169.
5-       A.J. Barker. Kamikazes. Editora Renes Ltda. Rio de Janeiro. 1975.
6-       Normam Mailer. Marilyn Civilização Brasileira. Rio de Janeiro. 1973. p.117.
7-       Napoleão Teixeira. O Suicídio. Editora Guaíra Ltda. São Paulo, s/d.p.27.
8-       Blaise Pascal. Pensamentos. Abril Cultural. Rio de Janeiro. 1979.p.91.
9-  Bíblia Sagrada. Imprensa Bíblica Brasileira. Rio de Janeiro, 1975. (Trad. João Ferreira de Almeida).
Jefferson Magno Costa

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