Os que têm procurado sedentamente a Deus estão divididos em quatro grupos, de acordo com o que pensam acerca do lugar onde Deus está.
DEUS "NO PRINCÍPIO"
As mais antigas religiões da terra sempre consideraram Deus como o ser que deve ser procurado "para trás", ou seja, na origem de tudo, no Princípio, no ponto onde Ele começou a manifestar o seu poder sobre o mundo. Nas origens da Criação e no mistério do aparecimento do homem sobre a face da terra é onde Deus se revela, dizem essas antigas religiões.
DEUS "LÁ EM CIMA"
Outras pessoas, como o filósofo grego Plotino, passaram a pensar em Deus como aquele que está "lá em cima", na mais alta de todas as regiões do Universo. Plotino dizia que o mundo desliza sempre para baixo, para o lado oposto onde Deus está, e o homem, só através da purificação avançará de volta para Deus e unir-se-á a ele.
DEUS "LÁ FORA"
Outro grupo de pensadores tem admitido que Deus está sempre além dos nossos limites, está "lá fora". Ele é o Além sem fronteiras, fora do alcance de nossa compreensão.
DEUS "DENTRO DE NÓS"
Devido ao avanço da ciência moderna, muitos pensadores passaram a afirmar que esse progresso científico tornou impossíveis e superadas as idéias de Deus "lá em cima" ou "lá fora". Ele está é "dentro de nós", na profundeza do nosso ser, é o nosso próprio fundamento.
Não podendo ir "além", ou "para baixo", ou "para cima", o homem certamente poderá ir "para dentro", ou seja: para a profundidade do seu ser, onde Deus está à sua espera.
Para o estudioso dos assuntos relativos a Deus, estas opiniões históricas sobre sua posição com relação à humanidade são úteis. Porém, segundo observou o teólogo suíço Karl Barth, talvez o maior valor dessas idéias seja mostrar que tudo quanto o homem pode dizer a respeito de Deus é confessar sua incapacidade de conhecê-lo através de seus próprios esforços.
Deus é insondável. "Ele é o abismo secreto, mas também a pátria escolhida que está no início e no fim de todos os nossos caminhos. (Giuseppe Riccioti. Con Diosy Contra Dios. -Este livro reúne estudos de vários autores-. Versão e prólogo de Adolfo Munoz Alonso. Barcelona, Liv. Miracle, 1956, p. 536.)
Jesus Cristo é o mediador não só da nossa salvação, mas também de todo o nosso conhecimento de Deus. O pecado prejudicou grandemente no homem sua antiga semelhança com o Criador. Portanto, para que essa semelhança possa ser restaurada, é necessário um novo nascimento (João 3.3-6). Só Jesus Cristo é capaz de recuperar para o homem sua antiga condição perante Deus, perdida no Éden.
Jefferson Magno Costa
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