quinta-feira, 31 de março de 2022

EM VEZ DE TER RESSUSCITADO,

 JESUS TERIA TIDO O SEU CORPO ROUBADO?

Jefferson Magno Costa

     Sabedores de que a vitória de Cristo sobre a morte foi o acontecimento que determinou o início da propagação do Evangelho no mundo, e estabeleceu a base de confirmação e segurança para a pregação da Igreja, os inimigos do Cristianismo têm desfechado inúmeros ataques contra o grandioso acontecimento da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, afirmando que esse sublime e único evento jamais aconteceu. E na intenção de conseguirem seu intento diabólico, eles inventaram várias teorias.
     A primeira delas começou a circular em Jerusalém no próprio dia em que Cristo ressuscitou. Foi a teoria do roubo do corpo.

O CORPO DE CRISTO TERIA SIDO ROUBADO?
     Na tentativa de invalidarem o testemunho do túmulo vazio, os principais sacerdotes e anciãos judeus deram dinheiro aos guardas que lhes haviam trazido a notícia de que o corpo de Jesus tinha desaparecido do túmulo, e instruíram os guardas a sair contando que os discípulos de Jesus haviam aparecido de noite e roubado o corpo, enquanto eles dormiam.
     O episódio foi registrado por Mateus (28.11-15): “E, indo eles, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais tudo o que sucedera. Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram, enquanto dormíamos. Caso isto chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até o dia de hoje.”
     Ora, essa desonesta intenção de tentar explicar porque o túmulo de Jesus aparecera vazio ao terceiro dia baseou-se em uma história tão flagrantemente mentirosa, que o evangelista Mateus nem sequer perdeu tempo em refutá-la: qualquer pessoa daquela época poderia descobrir que aquela história dos guardas era falsa. Bastava considerar os seguintes aspectos da questão:


O DEVER DOS SOLDADOS
     Conforme argumentou o genial e inspiradíssimo teólogo africano Aurélio Agostinho, dormindo ou acordados, os guardas seriam condenados à morte por terem deixado o corpo de Cristo ser roubado; teriam sido presos e executados caso as autoridades judaicas não tivessem intercedido por eles. “Se estavam acordados, por que deixaram alguém roubar o corpo de Jesus? E se estavam dormindo, como poderiam declarar que foram os discípulos que furtaram o corpo de Jesus?”, pergunta Agostinho. Ninguém sabe o que está acontecendo quando se está dormindo.
     Adormecidos, como os guardas poderiam afirmar que o corpo de Cristo havia sido roubado, se eles nada estavam vendo, e que provas poderiam apresentar contra os apóstolos, quando se sabe que quem está dormindo nenhum conhecimento tem do que sucede ao seu redor?
     O apologistra norte-americano Paul Little, destacando a falsidade dessa história, pergunta: “Que delegado ou juiz lhe daria ouvidos se o leitor dissesse a ele que durante o seu sono o vizinho tinha entrado na sua casa e roubado o seu televisor? Um testemunho desta espécie seria alvo de galhofa em qualquer tribunal.”


O CARÁTER DOS APÓSTOLOS
     O segundo argumento que esmaga a teoria do roubo do corpo de Jesus está alicerçado no caráter dos apóstolos. Nem os mais violentos críticos racionalistas duvidam hoje da honestidade daqueles homens. Violar a sepultura do Mestre e roubar o seu corpo era algo que se chocava violentamente com tudo o que eles haviam aprendido com o próprio Jesus.
     Os discípulos eram incapazes de praticar tal coisa. Diante deles existiam duas barreiras: a ética e a psicológica. Violar sepulturas era um crime entre os judeus e entre os romanos. As leis romanas condenavam à morte os ladrões de sepulcros.
     Além do mais, com que finalidade os discípulos roubariam o corpo de Jesus? Com o propósito de saírem pregando que Cristo ressuscitara? Que vantagem eles tirariam disso? Nenhuma; só desvantagens, tanto nesta vida (as perseguições e mortes sofridas pelas discípulos e pela Igreja nos três primeiros séculos do cristianismo), como na outra: o castigo eterno reservado a todos os mentirosos.
     Aliás, se Cristo não tivesse ressuscitado, os discípulos teriam se considerados enganados pelas muitas afirmações de Jesus quanto à sua ressurreição, e esperado inutilmente que Ele ressurgisse dentre os mortos. Caberia a eles colaborar com quem os enganara? De forma nenhuma!
     Devemos atentar também para o fato de que a afirmação: “Cristo venceu a morte e está vivo outra vez!” custou a vida de milhões de pessoas, a começar pelos discípulos, desdobrando-se na execução de milhares de pessoas convertidas ao Evangelho nos primeiros séculos da história da Igreja, mediante essa pregação.
     Seriam os discípulos destituídos de sentimentos a ponto de, com indiferença, verem morrer tantas pessoas inocentes (inclusive muitos parentes deles mesmos), pelo simples fato de elas terem confessado sua fé na pregação deles sobre um homem que fora crucificado, mas que na verdade não ressuscitara? Não! Eles jamais fariam tal coisa.
     E lembremo-nos de que os próprios discípulos também sofreram na pele as consequências da afirmação de que Cristo ressuscitara: foram perseguidos, castigados e mortos. Se o que pregavam sobre o Cristo ressurreto fosse mentira, eles não teriam persistido nessa mentira até à última consequência, a morte.
     Sobre este aspecto da questão, assim comentou um historiador norte-americano: “Cada um dos discípulos enfrentou a prova da tortura e do martírio pelas suas afirmações e suas crenças. Os homens morrerão por aquilo que eles creem ser verdadeiro, ainda que isso seja efetivamente falso. Não morrem, contudo, pelo que sabem ser uma mentira. Se alguma vez um homem falará a verdade, será na hora da sua morte.”
     O filósofo francês Blaise Pascal costumava dizer: “Eu acredito em testemunhas que se deixam matar.” Ou seja: ele acreditava em testemunhas que morrem afirmando aquilo em que creem. E tanto os discípulos de Jesus como milhões de crentes, durante principalmente os três primeiros séculos do cristianismo, foram duramente perseguidos e mortos, mas partiram para a eternidade afirmando uma coisa: Que Jesus Cristo, o Salvador do mundo, morrera, mas ao terceiro dia ressuscitara dentre os mortos!
     E esta esperança está dentro de todos nós, os que O aceitamos como Salvador: Os que morrerem fiéis ao que Ele ensinou, e convictos da salvação que Ele nos trouxe, ressuscitarão um dia para reinar com Ele no Céu!
     Portanto, os discípulos jamais poderiam ter roubado o corpo de Jesus para depois se tornarem testemunhas de uma mentira. Não! Eles eram testemunhas oculares de uma verdade (At 1.22;3.15;13.30,31; 1 Co 9.1;15.11).
Jefferson Magno Costa

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