sexta-feira, 1 de abril de 2022

AS IMPOSSIBILIDADES FÍSICAS QUE IMPEDIAM

 DE OS DISCÍPULOS ROUBAREM O CORPO DE JESUS

     Além das barreiras psicológica e ética que impediam os discípulos de roubarem o corpo de Jesus, existiam também as impossibilidades físicas. Ei-las:

     a) Os discípulos teriam de se aproximar do túmulo sem serem vistos pelos guardas, e isto era praticamente impossível, pois durante aqueles três dias, nada em toda a Palestina estava sendo tão bem guardado como o túmulo de Cristo;
     b) A hipótese de que para roubarem o corpo de Jesus os discípulos tiveram de enfrentar e vencer os guardas é ridícula: como simples homens, sem preparo militar ou habilidade no uso de armas, poderiam enfrentar e vencer soldados romanos bem armados, atentos e experientes?
     c) A hipótese de corrupção também é outra que deve ser descartada. Os guardas jamais concordariam em se deixar subornar pelos discípulos, pois teriam em seguida de dar explicações às autoridades sobre o desaparecimento do corpo de Jesus. Receber dinheiro dos discípulos e deixá-los violar a sepultura e roubar algo que estava sob o cuidado deles é de todo inadmissível, quando consideramos a rigorosa disciplina romana com relação às sentinelas.
     A guarda que Pilatos entregara aos principais sacerdotes e fariseus para vigiar o túmulo de Jesus sabia que qualquer negligência naquele serviço resultaria em pena de morte. A sentinela que fosse encontrada dormindo no posto de vigilância era condenada à morte pelas leis romanas. Comandando os soldados estava um centurião.
     Segundo antigos escritores, esse homem chamava-se Petrônio. Certamente ele era o mesmo que reconhecera a divindade de Jesus, quando o Salvador expirou no Calvário (Mt 27.34).
     Como soldados do Império Romano, treinados sob rigorosa disciplina, o centurião e os seus comandados tinham todas as condições de cumprir as ordens do Governador. Todos eles haviam jurado lealdade ao César, e Pilatos representava naquele caso a pessoa do Imperador.
     Segundo comentário de um erudito católico, nunca um “criminoso” havia causado tanta preocupação, mesmo depois de ter sido executado. A preocupação em evitar que o corpo de Jesus fosse roubado era tanta, que eles selaram a grande pedra que fechava a entrada da sepultura com o selo imperial de Roma (Mt 27.66).
     Mostrando ser impossível a hipótese do suborno dos soldados romanos pelos discípulos, e destacando a importância que o selo sobre a pedra do túmulo tinha para os soldados, assim comentou o professor Alberto Roper:
     “O selo romano, fixado à pedra que tapava o túmulo, era para eles muito mais sagrado que toda a filosofia de Israel ou a santidade de seu antigo credo. Soldados que tinham suficiente sangue frio para lançar sorte sobre a túnica de uma vítima agonizante, não são a classe de homens que se deixa enganar por tímidos galileus, nem tampouco arriscam seus pescoços romanos dormindo no posto.”


A IMPOSSIBILIDADE DE OS DISCÍPULOS TEREM CAVADO UM TÚNEL ATÉ O CORPO DE JESUS
     Sendo impossível os discípulos se aproximarem do sepulcro de Cristo sem serem vistos pelos guardas, temos que considerar também a impossibilidade de eles terem cavado um túnel na rocha em tão pouco tempo e sem serem ouvidos.
     Porém, caso isso tivesse acontecido, teriam ficado os sinais: o túnel aberto pelos discípulos teria sido apresentado pelas autoridades judaicas como prova de que os discípulos haviam roubado o corpo de Cristo, e em seguida passado a pregar uma ressurreição forjada, falsa.
     Mas as autoridades nada puderam apresentar, pois não havia nada que levasse qualquer pessoa em Jerusalém a aceitar a absurda teoria do roubo do corpo de Jesus. O nosso Salvador, acima de qualquer dúvida, havia ressuscitado!
Jefferson Magno Costa

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