Jefferson Magno Costa
Se Jesus não fosse Aquele que nós cremos que Ele é – o Filho de Deus, o Salvador da humanidade, Aquele que desceu do Céu e se humilhou na forma humana para nos salvar; se Jesus fosse um homem como outro qualquer, o que teria acontecido logo após sua crucificação, quando os seus discípulos o abandonaram e fugiram, e Ele, sob o peso dos nossos pecados e dores, expirou na Cruz?
Passada a primeira impressão do momento, serenados os ânimos da população de Jerusalém após o corpo de Jesus ter sido colocado no túmulo, o seu nome e os acontecimentos em torno de sua pessoa iriam pouco a pouco se apagando na memória do povo, até desaparecerem totalmente das conversações entre os judeus, cuja curiosidade se voltaria para outros assuntos, discutidos em suas casas, no Templo, nos lugares públicos, nas ruas de Jerusalém.
Na condição de simples homem, o corpo de Jesus permaneceria no túmulo, decompondo-se pouco a pouco, até transformar-se em pó e cinzas. E nada mais. Ele não ressuscitaria, caso fosse simplesmente um homem.
Com o passar dos anos, seria varrido da lembrança do povo o impacto de suas obras, não mais repetidas, e sua mensagem e doutrinas, não escritas, cairiam no esquecimento. Porém, Ele continuaria a viver na doce recordação de seus parentes e amigos, mas seria para os outros como uma sombra que passou.
Forçados pelas necessidades que a vida nos impõe, os seus discípulos retornariam ao trabalho. Pedro e os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João, retornariam à pescaria. Mateus dar-se-ia por feliz se conseguisse voltar a ser cobrador de impostos. Cada um seguiria o seu caminho, o seu destino. Se não chegassem a esquecer-se totalmente do seu Mestre, alimentariam, nas horas de descanso, uma recordação saudosa do tempo em que viveram na suave e feliz companhia de Jesus.
Passados alguns anos, porém, quando já não houvesse nenhum daqueles que presenciaram suas obras, ouviram suas pregações e gozaram do privilégio de sua companhia; quando seus parentes e amigos tivessem desaparecido, levados pela morte, o que restaria do filho do carpinteiro que tinha sido julgado como réu e crucificado com malfeitor sob o governo de Pôncio Pilatos? O esquecimento!
Nada saberíamos sobre o seu nascimento. Talvez viéssemos a saber que o que Ele pregou causou admiração em todos, e as obras que realizou maravilharam o povo, e que ele havia reunido em volta de si alguns discípulos. Porém, fora acusado perante o governo romano na Judéia como falso Messias, agitador do povo e revolucionário que trazia perigo aos interesses do Império Romano na Palestina, e por isso o Governador o havia condenado ao suplício da Cruz. Nada mais.
Sim, nada mais restaria sobre o nome, a obra e a pessoa de Jesus Cristo, se Ele fosse simplesmente um homem. Mas Deus estava nele, e Ele é Deus! Em sua própria morte está a razão da nossa esperança. Ele ressurgiu dentre os mortos. Antes de ser levado ao Calvário, Ele havia predito que, ao ser pregado na cruz, atrairia todos os povos a si! (João 12.32,33).
Nunca outra profecia se cumpriu tão gloriosamente como esta! Após a confirmação de que o Salvador da humanidade ressurgira dentre os mortos; após o Dia de Pentecoste, quando o Consolador desceu dos altos céus como “um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados” (Atos 2.2), os discípulos saíram pelo mundo a proclamar as Boa-novas de salvação.
Jamais antes nem depois deles, homens em condições semelhantes às em que eles se encontravam empreenderam uma obra tão gigantesca. Simples, pobres, sem apoio humano, sem armas ou exército, como poderiam eles realizá-la? Mas eles causaram o maior impacto que um grupo tão pequeno, de tão-somente 12 homens, já causou na história da humanidade. Eles viraram o mundo de cabeça para baixo! Propagaram a mensagem de salvação que ouviram do seu Mestre, e essa mensagem atravessou países, atravessou séculos, alcançou a mim e a você, e mudou a história da sua e da minha vida.
Tudo isto aconteceu por que Jesus não foi simplesmente um homem. Ele é Deus, é o Salvador da humanidade. Nele a gente pode confiar!
Jefferson Magno Costa
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Confesso que em alguns momentos céticos da minha vida eu já me perguntei: E se Ele foi apenas um homem? E se Ele foi apenas um Mestre? Um bom homem? Um revolucionário da paz, resguardado por uma facção judaica teimosa e ansiosa por mais liberdade e amor do que havia nas Leis? E se Ele não era o Messias???
ResponderExcluirMas como num movimento dialético de raciocínio, os contra-argumentos se levantaram impetuosos, cheios de si e afirmaram: Ele não foi só um homem, e mesmo que tivesse sido, Ele foi o Maior e Melhor deles... E não há, nem houve à época, nenhuma filosofia ou ideologia, ou religião, que pudesse oferecer tanto ao homem e à humanidade como o Cristianismo!!! Ninguém jamais nos compreendeu tão profundamente, nem nos ofereceu maior esperança. Nunca se imaginou uma possibilidade tão redentora que nos reconciliasse tão intimamente com Deus, para além de qualquer religião ou seita. Não se ouviu dizer de forma tão clara, em nenhum outro lugar, que o amor era a resposta para tudo, como se ouviu (e viu, expresso em ações) na pessoa de Jesus. Ele é o maior referencial de amor. E o amor é a linguagem universal.
É evidente que minha fé não se baseia em argumentos meramente racionais. E pela fé decidi crer, inclusive, em coisas das quais não tenho explicação, como uma forma de me sujeitar, mortificando minha natureza questionadora e excessivamente empirista. O que existe de mais revelador na pessoa divina de Jesus é sua manifestação, a forma como hoje ainda Ele se comunica com a humanidade e está pronto para ser o Mestre, Revolucionário, Amoroso, Redentor de 2000 anos atrás. Ao fechar os olhos posso falar com Ele, e com um pouco de fé e atenção posso receber sua resposta da forma mais interativa, carinhosa e atenciosa possível. Essa é a diferença extraordinária trazida pela ressurreição. Ele está aqui. Agora. Ele pode trazer hoje a mesma paz e mensagem de amor pra minha vida que trouxe aos judeus e aos gentios, ao longo desses anos todos que passaram. A morte não pode vencê-lo e o tempo o tornou ainda mais forte.
Não há o que negar: Ele é mesmo um marco! Histórico, filosófico, cultural, religioso, teológico, ideológico... Ele é completo, insubstituível, incomparável e extraordinário...
E muito em breve todo joelho vai se dobrar diante de Sua presença e toda língua vai confessar que ELE É TUDO O QUE É !!!! E essa eu não posso perder!!!
E eu também estarei lá, Susana. Tenho a inabalável certeza de que também estarei lá. É o próprio Jesus que me dá essa certeza. Jamais perderei esse grandioso momento, esse acontecimento extraordinariamente único, que ecoará por toda a imensidão do universo: o rumor de bilhões e bilhões de joelhos curvando-se em reconhecimento à soberania triunfal e única de Jesus.
ResponderExcluirIsso acontecerá na infância da Eternidade que se iniciará para todos nós no Céu, maravilhas adentro. Então passaremos a conhecer e a usufruir das "coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem" (1 Co 2.9), pois tudo isso é o que "Deus preparou para os que o amam". Para todos nós, que cremos nEle, e já confessamos como nosso Senhor e Salvador.