O Filho de Deus, quando adulto, declarou que não tinha onde
reclinar a cabeça, e quando criança, coube em uma gruta onde se abrigavam
animais. E muitos de nós hoje construímos mansões e palácios luxuosos para
abrigar nossa vaidade.
O Criador dos anjos,
quando esteve deitado no presépio, foi coberto por panos humildes, e nós, que
fomos criados do barro, e não passamos de escravos do pecado que o Senhor Jesus
Cristo redimiu com o seu sangue, vestimos roupas de griffin, elegantíssimos
trajes femininos feitos de pura seda chinesa e da legítima púrpura que só as
rainhas usavam para confeccionar seus vestidos, com detalhes de ouro e pedras
preciosas.
As mulheres usam
também sapatos importados de Nova Iorque e caríssimas bolsas francesas Louis
Vitton, compradas diretamente na França. Nós, os homens, usamos ternos
italianos, legítimos Giorgio Armani.
Que coisa mais
escandalosa ver que, enquanto o Deus do Céu apresentou-se entre nós tão
pequenino, tão humilde, despojado de todo aparato da vaidade e da arrogância
humanas, nós queiramos ser grandes? E que coisa mais espantosa ver que,
enquanto a Majestade do Céu se encolhe, o bichinho da Terra se inche?
O QUANTO JESUS SE ESVAZIOU DA SUA GLÓRIA PARA NASCER ENTRE
NÓS
No Evangelho de
Lucas temos o mais rico e ao mesmo tempo o menor versículo biográfico sobre
Jesus (2.21): "Completados os oito dias para ser circuncidado o menino,
deram-lhe o nome de JESUS, como fora chamado pelo anjo, antes de ser concebido
no ventre de sua mãe".
Nesse versículo
encontramos a eternidade do Verbo reduzida a oito dias; encontramos a grandeza
e a imensidão de Deus reduzidas ao corpinho de um Menino; encontramos o preço
infinito do sangue de Cristo, que será futuramente derramado, reduzido às
poucas gotas de sangue do golpe da circuncisão; e encontramos todos os nomes do
próprio Senhor, que são inumeráveis e incompreensíveis, reduzidos a um só nome:
Jesus!
PR.JEFFERSON MAGNO COSTA
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