PR. JEFFERSON MAGNO COSTA
Perguntaram certa vez a João Batista quem ele era. João respondeu: "Eu sou a voz do que clama no deserto" (Jo 1.23). Assim se definiu João Batista.
Eu pensava que a definição ideal do pregador seria: "aquele que argumenta" e não "voz do que clama". Por que João Batista se definiu fundamentando-se no clamor, e não no argumento? Por que não se definiu apoiando sua atividade de pregador na argumentação, e sim nos brados?
Porque sobre muitas pessoas neste mundo, o falar alto tem muito mais poder do que os argumentos. Vejamos uma prova disto em um exemplo envolvendo o Senhor Jesus.
Assim que Ele concluiu a exposição da parábola do semeador, começou a clamar (bradar): "Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Lc 8.8).
Jesus passou a clamar, e não se deteve mais em argumentar sobre a parábola, conforme fizera até ali, porque sobre aquele auditório os brados tinham mais poder do que os argumentos.
Vejamos outro exemplo bíblico.
Quando Pilatos examinou as acusações que os escribas e fariseus apresentavam contra Jesus, lavou as mãos e disse: "...nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem" (Lc 23.14).
Enquanto Pilatos, na sua polidez e serenidade de governador, declarava isto tranquilamente, a atitude dos escribas e fariseus, acompanhados do povo, era outra: "Mas eles instavam [insistiam] com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais sacerdotes, redobravam" (Lc 23.23).
Portanto, Cristo tinha a seu favor os argumentos e o parecer consciencioso e calmo de Pilatos, e contra Si os gritos da multidão. E qual deles prevaleceu? Os gritos da multidão.
O parecer sereno e racional de Pilatos não foi suficiente para o livrar, mas os gritos tiveram poder suficiente para o colocar na cruz.
Tendo os gritos tanto poder sobre a humanidade, é necessário que em algumas ocasiões os pregadores clamem, bradem, gritem.
Certamente, foi por reconhecer que os pregadores muitas vezes terão a necessidade de gritar, que o profeta Isaías os chamou de nuvens: "Quem são esses que vêm voando como nuvens?..." (Is 60.8).
A nuvem tem relâmpago, tem trovão e tem raio. Relâmpago para os olhos, trovão para os ouvidos, raio para o coração. Com o relâmpago ilumina, com o trovão assombra, com o raio mata. Enquanto o raio alcança apenas um, o relâmpago pode ser visto por muitos, mas o trovão é o único que é ouvido por todos.
Assim deve ser a voz do pregador: um trovão do Céu que possa ser ouvido por todos, que assombre o pecador e faça tremer o mundo.
PR. JEFFERSON MAGNO COSTA
Perguntaram certa vez a João Batista quem ele era. João respondeu: "Eu sou a voz do que clama no deserto" (Jo 1.23). Assim se definiu João Batista.
Eu pensava que a definição ideal do pregador seria: "aquele que argumenta" e não "voz do que clama". Por que João Batista se definiu fundamentando-se no clamor, e não no argumento? Por que não se definiu apoiando sua atividade de pregador na argumentação, e sim nos brados?
Porque sobre muitas pessoas neste mundo, o falar alto tem muito mais poder do que os argumentos. Vejamos uma prova disto em um exemplo envolvendo o Senhor Jesus.
Assim que Ele concluiu a exposição da parábola do semeador, começou a clamar (bradar): "Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Lc 8.8).
Jesus passou a clamar, e não se deteve mais em argumentar sobre a parábola, conforme fizera até ali, porque sobre aquele auditório os brados tinham mais poder do que os argumentos.
Vejamos outro exemplo bíblico.
Quando Pilatos examinou as acusações que os escribas e fariseus apresentavam contra Jesus, lavou as mãos e disse: "...nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem" (Lc 23.14).
Enquanto Pilatos, na sua polidez e serenidade de governador, declarava isto tranquilamente, a atitude dos escribas e fariseus, acompanhados do povo, era outra: "Mas eles instavam [insistiam] com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais sacerdotes, redobravam" (Lc 23.23).
Portanto, Cristo tinha a seu favor os argumentos e o parecer consciencioso e calmo de Pilatos, e contra Si os gritos da multidão. E qual deles prevaleceu? Os gritos da multidão.
O parecer sereno e racional de Pilatos não foi suficiente para o livrar, mas os gritos tiveram poder suficiente para o colocar na cruz.
Tendo os gritos tanto poder sobre a humanidade, é necessário que em algumas ocasiões os pregadores clamem, bradem, gritem.
Certamente, foi por reconhecer que os pregadores muitas vezes terão a necessidade de gritar, que o profeta Isaías os chamou de nuvens: "Quem são esses que vêm voando como nuvens?..." (Is 60.8).
A nuvem tem relâmpago, tem trovão e tem raio. Relâmpago para os olhos, trovão para os ouvidos, raio para o coração. Com o relâmpago ilumina, com o trovão assombra, com o raio mata. Enquanto o raio alcança apenas um, o relâmpago pode ser visto por muitos, mas o trovão é o único que é ouvido por todos.
Assim deve ser a voz do pregador: um trovão do Céu que possa ser ouvido por todos, que assombre o pecador e faça tremer o mundo.
PR. JEFFERSON MAGNO COSTA
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ResponderExcluirPr Jefferson, Graça e Paz,
ResponderExcluirDuvida sobre o que João Batista exclamou: "Eu sou a voz do que clama no deserto" (Jo 1.23)
São dois sujeitos aqui, a voz e o que clama no deserto ? não são duas pessoas diferentes ?
João Batista seria apenas a pessoa "porta-voz" de alguém que clama do deserto ?
Agradecido,
Parabéns por este sublime espaço!Desejo-lhe sucesso e prosperidade, amigo! Lembranças do Rio de Janeiro/Brasil!Fique com Deus!
ResponderExcluirInteressante que no meio pentecostal (sou também um pentecostal por conviccão e experiência)que as vezes so grito mesmo; pois infelizmente para muitos unção é isso: gritar, gritar e gritar!!!
ResponderExcluirParabéns! Nobre irmão em Cristo, Pastor Magno Costa!
ResponderExcluirFui edificado pela sua postagem!
PbGS - glaukosantos.blogspot.com
Por favor volte a postar coisas boas p/ nós seu blog é maravilhoso !
ResponderExcluirEle é uma ótima fonte
Abraço Pr. Jeferson e a paz do Senhor Jesus !