segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

DEUS É O MOTOR QUE MOVE O MUNDO

Jefferson Magno Costa 

ARISTÓTELES: DEUS É O MOTOR QUE MOVE O MUNDO

 Nascido em Estagira, Grécia, em 384 a.C, Aristóteles é o terceiro grande nome da filosofia pagã. Mudando-se para Atenas aos 18 anos de idade, começou a frequentar a escola de Platão, com quem aprendeu filosofia durante 20 anos. Mais tarde tornou-se professor de Alexandre, o Grande, e fundou sua própria escola. Suas idéias sobre Deus marcaram profunda­mente o pensamento dos teólogos cristãos, surgidos cinco sécu­los após sua morte. O gigantesco edifício de ciência e cultura criado por Aristóteles permanece nos séculos e milênios como um monumento imperecível do seu potente gênio.
Para provar a existência de Deus, Aristóteles criou o argu­mento do motor. Diz ele que tudo o que está em movimento é movido por outra coisa. Tomemos o Sol como exemplo. Ele está em movimento; portanto, outra coisa o movimenta. Essa coisa que move o Sol, ou está também em movimento ou está imóvel. Se está imóvel, o argumento de Aristóteles fica demonstrado, ou seja: que é necessário afirmar a existência de algo que tudo move e que não é movido por nada: Deus. Porém, se o que move o Sol está também em movimento, isto significa que ele está sendo movido também por outra força. Aristóteles mostra que é impossível continuarmos recuando até o infinito. Faz-se, portanto, necessário afirmar a existência do causador de todos esses movimentos, que não é outra pessoa senão Deus. Ele é o motor que movimenta tudo.
Alguém já comentou que se há alguma verdade no ensino dos filósofos e dos cientistas, deve ela vir do próprio Deus da verdade. Esse comentário está de acordo com o que Aristóteles pensava sobre Deus. No seu livro Metafísica, Aristóteles ad­mite a existência de um Deus distinto do mundo, um Deus vivo, onipotente, Causa Primeira, motor imóvel (que move tudo e não é movido por nada fora de si mesmo), vivente, eterno e perfeito; um Deus que é soberano, infinitamente inteligente, invisível em si mesmo, mas visível em suas obras, que a tudo governa por sua ação e por sua Providência, como um general governa um exército. Um Deus justo, que castiga o homem livre e violador de sua lei imutável, e recompensa com a felicidade, agora e no porvir, aos que se unem à justiça.
Falando dessa maneira sobre Deus, Aristóteles confirma aqui perfeitamente a frase de Platão: "Todos os sábios não têm mais que uma voz." Há uma filosofia universal, uma sabedoria natural e comum; ela é a mesma em todos os homens dóceis à luz da razão; é ela que os conduz ao reconhecimento da exis­tência de Deus. Todos os pensadores de primeira ordem chegam à esta conclusão: Deus existe. Porém, hoje estamos inseridos no século do ateísmo. Milhões de seres humanos vivem separados da fé universal na existência de Deus: são como "estrelas errantes, para as quais tem sido eternamente reservada a escuridão das trevas" (Judas v.13).
Vimos que os três maiores pensadores da filosofia grega (e, podemos dizer, de toda a filosofia pagã antes do advento do cristianismo), reconheceram a existência de Deus, apesar de não terem obtido o conhecimento de sua essência, conforme o próprio Deus revelou a Moisés no monte Horebe (Êxodo 3.14). Porém, todos os grandes gênios da humanidade sofreram a influência de uma espécie de iluminação natural acerca da existência de Deus. Através da imensa capacidade de raciocínio de que foram dotados (a chamada razão humana), eles conseguiram obter sólidas provas da existência do Criador.
Fica evidenciado deste modo que, através do trabalho da mente humana (fazendo-se uso da razão, portanto), o homem pode descobrir pelo menos uma parte da verdade sobre Deus. É o que se chama "conhecimento natural". Porém, esse conhe­cimento é incompleto. Foi necessário que Deus se revelasse à humanidade através de sua Palavra para que todos pudessem conhecê-lo. Essa revelação alcançou a sua plenitude no seu Filho Jesus Cristo.
Devemos considerar também o fato de que o "conhecimento natural" que o ser humano pode obter de Deus é insuficiente para levá-lo ao reconhecimento da necessidade de ele ser alcançado pela salvação proporcionada por Jesus Cristo. Admitir a existência de Deus não é a mesma coisa que reconhecer a necessidade de salvação. Foi o que faltou a todos os homens que alcançaram um conhecimento natural da exis­tência do Criador, sem terem passado a caminhar, a partir de então, através da fé. É nesse aspecto que podemos constatar a grande diferença entre os filósofos pagãos e os teólogos cristãos.

Jefferson Magno Costa

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