Jefferson Mafgno Costa
Ele foi um dos mais hábeis narradores em toda a história da literatura de língua portuguesa, um poderoso criador de metáforas, dono de um estilo único, inconfundível.
A elegância e a musicalidade de sua prosa sempre me fizeram lembrar o estilo magistral e sublime dos primeiros historiadores e cronistas dos séculos XIV e XV, que viveram na corte dos reis portugueses, um Fernão Lopes, um Azurara, um Fernão Mendes Pinto, um João de Barros, um Diogo do Couto.
Todavia, não foi o mais artístico ou o maior escritor da nossa língua. Não sou anacrônico nem um saudosista doentio, mas o padre Antônio Vieira, a quem Fernando Pessoa chamou em um dos seus poemas de "o imperador da língua portuguesa", mesmo só tendo escrito sermões, cartas e alguns livros exegéticos, mantém de longe o cetro e a superioridade.
Saramago também não foi o romancista mais expressivo da língua portuguesa. Sua obra, de uma riqueza excepcional, fica muito atrás da obra do nosso Machado de Assis, ou das obras de um Eça de Queirós ou de um Camilo Castelo Branco, para só citar dois romancistas portugueses de expressão e influência universais.
O caso de Saramago na literatura contemporânea é digno de ser cuidadosa e imediatamente estudado pelos teólogos evangélicos brasileiros. Não sou teólogo de plantão nem de carteirinha, mas não ficarei indiferente diante dos insultos abominavelmente bem escritos e das blasfêmias satanicamente bem expressadas que o senhor José Saramago atirou contra Deus, o Deus cuja existência ele sempre negou. Mexeu com o meu Deus, mexeu comigo.
Cada época tem o seu Voltaire, cuja tentativa de desestabilizar e lançar no descrédito a fé cristã nunca é executada sozinha: sempre arrebanha admiradores e aliados. José Saramago foi o Voltaire da nossa época, e teve muitos admiradores. Publicarei minhas impressões de leitor que sempre reconheceu o grande escritor que ele foi, e minhas respostas de evangélico-cristão indignado diante de seus insultos à fé cristã e suas blasfêmias contra Deus. É a hora de os apologistas cristãos exercitarem o seu talento e esgrimirem a Espada de dois gumes. Ao ataque!
Nos primeiros séculos da fé cristã, houve um rei que antes de começar a ler os Evangelhos, sempre desembainhava sua espada, e quando chegava no momento em que o texto bíblico narra que Jesus foi preso, brutalizado pelos judeus e açoitado pelos soldados romanos, esse rei erguia a espada com a mão direita, e enquanto segurava o texto bíblico com a mão esquerda, bradava: "Ah se eu estivesse lá com os meus soldados! Ah se eu estivesse lá com os meus soldados!"
Diante de blasfêmias como as que o senhor José Saramago proferiu ou escreveu contra a Bíblia, Deus e Jesus Cristo, nossa reação não chegará a tanto, mas chegará perto. Apresentaremos veementemente as justas e necessárias respostas aos vários postulados heréticos que ele soube apresentar, sutil e artisticamente bem embrulhados no diáfano e multicolorido véu da literatura, da qual ele foi um dos maiores mestres da atualidade. Esse rabugento e mal-criado escritor português semeou inúmeras blasfêmias, para a delícia dos muitos aratacas e paspalhos que, por desconhecerem a Bíblia e não estarem nem aí para Deus, riam de suas frases heréticas, desrespeitosas e quadrupedemente formuladas durante suas entrevistas (o Youtube está cheio de vídeos que documentam tropas de asnos menores rindo diante do zurrar do asno maior).
O Prêmio Nobel português não tinha a mínima noção de exegese ou hermenêutica bíblicas, e sempre fez uma leiturazinha muito chocha e literal das Sagradas Escrituras, leitura que não levava em conta nenhum contexto histórico ou de outra natureza.
Pena que em Portugal não se tenha levantado nenhum teólogo evangélico para dar as respostas que Saramago precisava ouvir, e lhe falar da mensagem de salvação trazida por Jesus. Um dos maiores pecados que a Igreja Evangélica comete hoje é o da covardia e omissão. Se não tivéssemos sido omissos, talvez Saramago não estivesse tendo a essas horas na eternidade, diante do Deus cuja existência ele negou, algumas surpresas nada agradáveis. São só as primeiras surpresas, entre muitas que ele terá.
Veremos que o capítulo Saramago na história da literatura de língua portuguesa não passou de mais um caso de amor mal resolvido com Deus. Saramago é produto do péssimo testemunho, da impotência, da indiferença, da falta de conviccão de salvação, da falta de verdadeiro amor pelas almas, da ausência de interesse pelo destino eterno de vidas preciosas, e da falta de poder do Espírito Santo por parte da Igreja Católica Apostólica Romana, que está quase morta em Portugal, e cujos líderes não têm valores espirituais nem para eles mesmos, quanto mais para dar aos outros. Milhares de Saramagos estão indo para o inferno no mundo inteiro por culpa da inoperância dessa igreja.
Em breve postarei artigos sobre alguns livros desse autor que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, a mais alta láurea que um escritor consegue alcançar neste mundo. Porém, no grande Dia do Juízo Final, saberemos que prêmio Saramago receberá das mãos de Deus, e onde passará a eternidade. E é isto o que, ao final de tudo, importa, quer o indivíduo tenha sido um José Saramago ou um Zé Sem Reinado; quer tenha sido ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, ou tenha recebido o prêmio de jóquei vencedor da corrida de jegues em Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte. "E todo o resto é literatura".
Jefferson Magno Costa
Pastor Jefferson,
ResponderExcluirCom respeito, mas não concordo que Saramago esteja com Caim caso isso pressuponha que ele será “condenado”, como dizem os fundamentalistas. Todos nós que lemos os textos de Saramago sabemos de suas “desavenças” com deus. Sim, com “d” minúsculo, pois a divindade a qual o ilustre literato frequentemente “massacrara” nunca fora o Único e Verdadeiro Deus, o Deus de Amor. Saramago talvez jamais tenha conhecido aquela fonte de amor perene revelada no Filho, a única fonte. Como poderia então desferir certeiros golpes contra Ele apenas e tão somente tateando em vão em sua branca cegueira? Não, Saramago atacou apenas aquilo que sua mente havia absorvido de uma divindade construída a imagem e semelhança daquilo que o catolicismo português o fez conhecer. Creio que no exato momento de sua partida, Saramago se surpreendeu com aquela luz irradiante e plena de amor, a qual o abraçou e o perdoou.
Oséias
Prezado irmão Oséias, em virtude de o espaço de que dispomos nessa seção ser pequeno, resolvi publicar minha resposta ao comentário do irmão como matéria normal do nosso blog, sob o títuto: VOCÊ ACHA QUE SARAMAGO FOI PARA O CÉU?
ResponderExcluirPor favor, dê-nos a honra de lê-lo, e caso o irmão ou outro leitor queira se pronuncair sobre o assunto, fiquem à vontade para escrever seus comentários, pois será um prazer publicá-los e debater com os irmãos. Sobretudo, por se tratar de um assunto que tem a ver com o nosso destino eterno como seres humanos.
Jefferson Magno Costa