sábado, 19 de junho de 2010
DESASTRE DE MOTO MUDA VIDA DE UMBANDISTA
Filho de pais separados, João Carlos Xavier, nascido no Rio de Janeiro em 1954, foi criado pelo pai e a avó, longe da mãe, pois esta, por força de circunstâncias, afastou-se da família quando ele tinha nove anos de idade. Isto o desmotivou para os estudos. Sua escola passou a ser a rua. Começou a fumar cigarros de papel-jornal.
Aos 14 anos, devido ao desemprego de seu pai, que era sapateiro, começou a trabalhar para ajudar nas despesas de casa. Arranjou emprego na Light, mas não demorou muito ali, por receber influências negativas, e caiu na vadiagem. Tempos depois, já com 16 anos de idade, seu pai conseguiu-lhe emprego no escritório de um amigo.
Certo dia, ao voltar para casa, Carlos resolveu dar um passeio na Ilha do Governador. Desceu no Jardim Guanabara. Viu muitos despachos na beira da praia. Estava perdido. Não sabia mais voltar para casa. Um homem aproximou-se dele e se propôs a ensinar-lhe o caminho de volta. Antes, vendo que o rapaz estava com muita sede, convidou-o a ir tomar água em sua casa. João Carlos aceitou. E foi aí que ele iniciou a trajetória de um caminho que o levou rapidamente para o abismo.
INICIADO NO HOMOSSEXUALISMO POR UM PAI-DE-SANTO
O homem, cuja casa impressionou o rapaz, era homossexual, viciado em drogas e pai-de-santo. João Carlos passou a visitar assiduamente seu novo amigo. Certo dia deparou-se com uma sessão espírita sendo realizada naquela casa. O homem explicou-lhe que ali se praticava caridade e buscava-se o aperfeiçoamento do espírito. Só que, alguns dias depois, essa tal caridade e esse tal aperfeiçoamento de espírito revelaram sua verdadeira face.
O pai-de-santo arrastou João Carlos para o candomblé. Cortou o corpo do rapaz com uma navalha, fazendo-lhe marcas, e disse que aquilo era para fechá-lo contra os “espíritos atrasados”. Em seguida, convidou-o para práticas de perversão. Depois, disse que ia “virá-lo no santo”. Resultado: João Carlos recebeu um espírito imundo e passou a entregar-se a práticas homossexuais.
Ao se ver desprezado pelo pai-de-santo, Carlos tentou o suicídio. Foi socorrido pela família e levado às pressas para um hospital. Recuperou-se, voltou para casa, mas a partir de então resolveu assumir totalmente sua vida de pecaminosidade. Estava com 18 anos. “Nessa minha trajetória – conta ele – o que eu buscava mais intensamente era a paz espiritual. Continuei buscando-a no espiritismo. Saí do candomblé e fui para um terreiro de umbanda. Decepcionei-me novamente e procurei o kardecismo, e experimentei nova decepção.”
CABELEIREIRO NA ILHA DO GOVERNADOR
Buscando uma atividade profissional que o definisse financeiramente, Carlos fez um curso de teatro, e lá trabalhou maquiando atores. Isto lhe deu experiência com corte de cabelo e penteados. Depois de uma rápida trajetória por salões da zona sul do Rio de Janeiro, Carlos tornou-se um dos mais famosos cabeleireiros e maquiladores da Ilha do Governador. Passou a ganhar muito dinheiro. Mobiliou a casa, comprou um carro e depois uma moto. Porém, viu que estava sendo rejeitado por ter muitas espinhas no rosto e ser muito magro.
Entrou numa academia de ginástica, passou a levantar-se cedo para correr e recorreu a ajuda de anabolizantes (remédios para engordar). Em pouco tempo adquiriu um físico de atleta. “Porém, no final de tudo isso, cheguei a uma amarga conclusão: eu era uma pessoa profundamente infeliz. Ora, mas eu tinha conseguido praticamente tudo o que almejava em termos materiais; por que então não era feliz? Tinha noites que eu passava de moto em todas as boates que conhecia, e voltava pra casa com um profundo sentimento de frustração e vazio dentro de mim.”
ÓDIO AOS EVANGÉLICOS
Até aquela data, Carlos não tinha tido nenhum contato efetivo com o Evangelho. Odiava os evangélicos, zombava de qualquer um deles, se os encontrasse na rua. Não conseguia entender porque “aquele povo” não “aproveitava” a vida. “Passei durante 30 anos diante de uma igreja evangélica sem nunca ter entrado nela. Reclamava muito do barulho dos alto-falantes, botava o rádio em alto volume para não ouvir a mensagem. Considerava os evangélicos um bando de loucos.”
“ESTOU AIDÉTICO!”
Certa vez Carlos foi passar um final de semana em um sitio. Lá comeu algo que lhe fez mal. Alguns dias antes ele havia lido em uma revista que um dos sintomas da AIDS eram manchas vermelhas nas juntas do corpo. Pois foi exatamente isto que ele viu em seu corpo quando voltou para casa: manchas avermelhadas. “Estou com Aids!” pensou. Foi para o salão em prantos e não conseguiu trabalhar. Pegou sua moto e rumou para o hospital da Cruz Vermelha, no centro do Rio de Janeiro, para fazer o teste.
Lá, desesperado, disse ao médico que o atendeu: “Doutor, quero oferecer meu corpo para pesquisa. Pode retalhá-lo. Quero que esse mal pare, e daqui para frente ninguém mais contraia AIDS. Não quero que ninguém sofra o que estou sofrendo agora.” Feitos os exames, foi constatado que o que o Carlos tinha na verdade era uma gastrenterite – inflamação do estômago e intestino.
UM VOTO A DEUS
Porém, aquela experiência colocou diante de Carlos a oportunidade de ele avaliar o quanto a sua situação era miserável. Ele disse para si mesmo: “Vou completar 30 anos. Minha vida precisa mudar.” Todavia, Carlos sabia que em si mesmo, ele não encontrava forças para produzir essa mudança. Pagava um preço altíssimo por toda aquela vida de pecados que levava.
“Gastava muito dinheiro para manter minha miséria”, confessou em tom de amargura. Diante dessa situação, ele resolveu fazer um voto a Deus. Disse que ia vender a moto, comprar uma Bíblia e arranjar uma namorada. Comprou a Bíblia, mas passou a usá-la como um amuleto em cima da estante, “aberta no Salmo 91, para dar sorte.” Apareceu um comprador para a moto, mas ele não a vendeu. Quanto à namorada, Carlos resolveu que primeiro iria livrar-se de seu comportamento moralmente censurável para depois tentar qualquer relacionamento com o sexo feminino.
DESASTRE COLOCA CARLOS DIANTE DA MORTE
Porém, no dia em que completava 30 anos e estava resolvido a mudar de vida, alguns de seus amigos apareceram em sua casa e lhe fizeram uma festa-surpresa. No final, ele resolveu que não iria mudar. Continuou sua trajetória de práticas pecaminosa, até que, no dia 29 de novembro de 1984, sua vida tomou um rumo inesperado e diferente.
Vinha de moto, descendo do Alto da Boa Vista, todo equipado, quando de repente, o carro que ia à sua frente, freou para não atropelar um cachorro. O carro que vinha atrás, um Passat, desviou-se do carro da frente, mas o motorista não viu que a moto de Carlos estava ao seu lado. Resultado: Carlos bateu no Passat. A pancada foi tão violenta que o seu rosto transformou-se em uma verdadeira massa de sangue. “Afundei minha cabeça na lateral daquele carro. A estrutura óssea do meu rosto partiu-se em 270 pequenos fragmentos. Saíram pedaços de ossos pelo meu nariz. O maxilar e o molar se deslocaram. A cartilagem do nariz ficou pendurada. Tive traumatismo craniano e fissuras nas costelas. Houve um deslocamento de todos os ossos do meu rosto. O laudo médico acusou fratura DEFOR III, a pior classificação para o caso.”
Carlos foi socorrido por uma viatura da polícia e outra do corpo de bombeiros. Não pôde ser atendido no Pronto Socorro da Barra, pois já chegou ali apresentando sintomas de pneumocefalia, ou seja: estava ocorrendo entrada de ar pelas rachaduras de seu rosto e cabeça. O rosto e o pescoço pareciam uma bola cheia de ar. Seu corpo estava coberto de hematomas. Foi transferido para o Hospital Miguel Couto, colocado em uma maca. Os médicos disseram: não passa desta noite. Quando seu pai chegou, teve dificuldades de reconhecê-lo. Um médico lhe falou; “O senhor pode voltar para casa. O estado de seu filho é irrevogável. O que podíamos fazer por ele, já fizemos.”
O pai de Carlos voltou para casa desesperado. Sua irmã lembrou-se de recorrer à Bíblia. Abriu-a e deparou-se com a seguinte passagem do livro de Jó, e leu-a em voz alta: “Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina; não desprezes, pois, a disciplina do Todo-poderoso. Porque ele faz a ferida e ele mesmo a ata; ele fere, e as suas mãos curam. De seis angústias te livrará e na sétima o mal te não tocará” (Jó 5.17-19). Estas palavras confortaram os seus corações e proporcionaram a certeza de que Carlos não iria morrer. Porém, eles ainda não haviam reconhecido Jesus Cristo como Salvador. Além do mais, a mãe de Carlos era espírita.
O ROSTO CRUCIFICADO
Ao ficar sabendo da situação do filho, sua mãe dirigiu-se a uma igreja evangélica. Mesmo sendo praticante do espiritismo, não procurou um pai-de-santo, e sim as irmãs de oração. Pediu que a igreja orasse por Carlos. As irmãs intercederam e Jesus Cristo ouviu o pedido de suas servas. Carlos foi operado, mas em seguida contraiu meningite, sentiu dores indescritíveis, tornou a ser submetido à outra cirurgia, mas Deus deu-lhe vitória.
“Colocaram uma armação de aço presa ao meu crânio, com um parafuso no alto da cabeça e outros parafusos atarrachados nas laterais. Um ferro entrava pela minha boca, um fio de aço entrava pelas bochechas para prender os maxilares, e todos os meus dentes foram amarrados. Fiquei com aquela armação, sem poder falar, chorar, sorrir ou comer. Alimentava-me através de sonda. Sentia que o meu rosto estava como que crucificado. Fiquei naquelas condições durante 33 dias, o que corresponderia, em anos, à idade do meu Salvador.”
LIBERTO E TRANSFORMADO POR JESUS
Dias depois, recebeu alta do hospital e foi para casa, ainda com todos aqueles ferros no rosto. Durante todo esse período de sofrimento, Carlos pôde refletir muito sobre sua verdadeira condição de miséria moral e espiritual. Alguns meses depois, já podendo andar e sair de casa, ele se arrumou e disse: “Eu quero visitar aquela igreja onde as pessoas oraram por mim.” Foi. E lá encontrou aquilo que procurara durante tantos anos: Encontrou a paz! “Eu aceitei a Jesus, após uma mensagem de Deus dirigida por um de seus servos especialmente para mim.”
Carlos abandonou de uma vez por todas as práticas condenadas por Deus, foi gerado outra vez por Jesus Cristo, segundo está escrito em João 3.5, batizou-se em águas, e passou a ler e estudar a Palavra de Deus. Nesse ínterim ele sentiu que o Senhor não o queria mais na profissão de cabeleireiro. Hoje, 23 anos após sua conversão, Carlos recebeu de Deus uma esposa que, com ele, tem o coração na obra missionária, conforme ele pediu. O Senhor deu um filho ao casal, hoje um adolescente, e a família serve ao Senhor em uma igreja Assembleia de Deus próximo a Búzios, pastoreada por Carlos.
Seu coração tem sido fortalecido na fé e diante do cumprimento das promessas do Senhor em sua vida. Carlos tem contado o seu testemunho em centenas de igrejas de todo o Brasil. Aliás, ele é um testemunho vivo do que Deus pode fazer na vida de uma pessoa que antes vivia mergulhada em práticas abomináveis, mas que hoje, purificada pelo sangue de Jesus, afirma: “Só Cristo pode resgatar e transformar o ser humano perdido.”
Jefferson Magno Costa
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