sábado, 8 de janeiro de 2022

A LITERATURA EVANGÉLICA E A LÍNGUA PORTUGUESA







Jefferson Magno Costa 
 Ninguém hoje espere ingenuamente tornar-se um escritor hábil, seguro de seu ofício e influenciador de sua geração sem, antes, esforçar-se para conhecer as regras e as riquezas expressionais de sua língua.
     É nosso dever estudá-la permanentemente, com a mesma persistência que o aclamado poeta François Coppé demonstrou no estudo do francês. Ele chegou a responder a uma norte-americana que lhe perguntou se ele falava inglês: “Não, minha senhora... Continuo a aprender francês”.
     A língua que foi enaltecida por Camões, Vieira, Bernardes, Herculano, Camilo, Garret, Machado de Assis, Eça de Queiroz, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Drummond, Florbela Espanca, Henriqueta Lisboa, Cecília Meireles e tantos outros escritores notáveis, necessita hoje mais e mais de embaixadores evangélicos que a enobreçam. 
     Assim fizeram em inglês os nossos irmãos em Cristo John Bunnyan, com O Peregrino; John Milton, com O Paraíso Perdido; C. S. Lewis, com a série Nárnia e outras obras. Isto só para citarmos alguns dos grandes escritores evangélicos que escreveram e ultrapassaram as fronteiras evangélicas, conquistando também milhares de leitores no mercado secular.
     Nós, escritores evangélicos, estamos em dívida para com nossa língua, a portuguesa; língua que o poeta Manuel Bandeira usou para, em um soneto, honrar o imortal autor de Os Lusíadas. Disse Bandeira:

A CAMÕES

Quando n'alma pesar de tua raça
A névoa da apagada e vil tristeza,
Busque ela sempre a glória que não passa,
Em teu poema de heroísmo e de beleza.

Gênio purificado na desgraça,
Tu resumiste em ti toda a grandeza:
Poeta e soldado... Em ti brilhou sem jaça
O amor da grande pátria portuguesa.

E enquanto o fero canto ecoar na mente
Da estirpe que em perigos sublimados
Plantou a cruz em cada continente,

Não morrerá, sem poetas nem soldados,
A língua em que cantaste rudemente
As armas e os barões assinalados.

     






Devemos escrever como um ato sacrificial, ministerial, holocausteando o nosso talento, o nosso dom Àquele de quem o recebemos. Sejamos perseverantes e leiamos os clássicos. Estudemos, através deles, o nascedouro da língua portuguesa. Façamos tudo isto para honra, glória e enaltecimento do soberano, sublime e doce nome de Jesus.
Jefferson Magno Costa

2 comentários:

  1. Shalom!

    Pessoas como o nobre confrade enriquecem a língua portuguesa. Parabéns pelo lindo trabalho que desenvolves na Ed. Central Gospel. Sua sensibilidade é notória, suas palavras são harmônicas, suas ideias possuem relevância.

    Um abraço do amigo que um dia se tornará um "grande" escritor, Marcelo Oliveira

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  2. Grande escritor você já é, nobre Marcelo. Seus livros e seu blog provam isto. Um abraço do amigo,
    Pr Jefferson Magno Costa

    ResponderExcluir

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