quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

NATUREZA: MISTÉRIO DE DEUS

      Portanto, Deus tem-se revelado tanto na Natureza como na consciência de todos os povos (a chamada consciência coletiva), e também na consciência de cada ser humano (consciência individual). Ele infundiu em nossa alma a luz interior (essa voz interior que dá, dentro de nós, testemunho de sua existência), e em seguida ofereceu aos nossos olhos os sinais exteriores de sua existência, sabedoria e glória: as obras de suas mãos.

     Tudo quanto vemos nas criaturas de beleza, verdade, bondade e perfeição existe em Deus em um grau muito mais alto, puro e completo, pois tudo quanto se manifesta no efeito, deve existir necessariamente, e nos mais alto grau, na causa produtora: Deus.
     Enquanto a formosura das criaturas é particular e limitada, a formosura de Deus é universal e infinita, porque nele está contida toda a formosura de tudo o que ele criou... Por mais belo que o imaginemos, Deus é mais belo ainda. Todas as perfeições se encontram nele. Sua força é infinita, sua beleza inigualável, sua existência é desde toda a eternidade e jamais terá fim. Ele é invisível a toda criatura mortal, mas visível através de suas obras.
     "Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória", disse o salmista Davi (Salmo 108.5. ARA), e o profeta Isaías, erguendo sua voz na mesma tonalidade de adoração, disse: "Ó Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, só tu és o Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste os céus e a terra" (Isaías 37.16).


É IMPOSSÍVEL DEFINI-LO OU DESCREVÊ-LO
     Portanto, é absolutamente impossível apresentarmos uma completa e essencial definição de Deus, pois ele, sendo perfeito e infinito, jamais poderia ser colocado dentro dos limites de uma definição. Definir não passa de uma tentativa de limitar aquilo que definimos, separando-o e distinguindo-o das demais coisas.
     Diante disto, Deus fica sempre infinitamente além de qualquer palavra ou conjunto de palavras empregadas com o intuito de defini-lo.
     Pertence a um inspiradíssimo cristão do XV século a afirmação de que "as perfeições de Deus são tão grandes e tão admiráveis que, se o mundo estivesse cheio de papel que pudesse ser usado na preparação de livros; se todas as pessoas existentes fossem escritores, e se toda a água dos mares se transformasse em tinta, tornar-se-iam repletos de palavras todos os livros, se cansariam todos os escritores e se esgotariam toda a água dos mares, e ainda assim não teria sido explicada uma só de suas perfeições." (Luís de Granada. Introdución del Símbolo de la Fé. 2a. edição. Argentina, Espasa-Calpe, 1947, p. 263)
     "Assim como o mar é grande — declarou certa vez um admirador dos mistérios de Deus —, não só porque todas as águas dos rios entram nele, senão também por suas próprias águas, que são incomparavelmente muito mais abundantes, assim dizemos que vós, Senhor, sois mar de infinita formosura, porque não só tendes em vós as perfeições e formosuras de todas as coisas, mas também outras infinitas, que são próprias de vossa grandeza...
     "Só o fato de ver e gozar de tua formosura basta para fazer bem-aventurados aqueles seres que moram junto a ti no Céu." (Citado por Martin Ortuza Arriaga, in Los Prenotandos del Conocimiento Natural de Dios. Madri. Edição da "Revista Estúdios", 1963, p. 117.)
     "Eu fiz a terra, e criei nela o homem. As minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos, dei as minhas ordens", disse o Senhor através do profeta Isaías (45.12).
Jefferson Magno Costa


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