terça-feira, 25 de janeiro de 2022

A QUASE IMPOSSÍVEL MISSÃO DOS APÓSTOLOS

Jefferson Magno Costa
     





 

Realizar uma revolução completa nas ideias, nos costumes e nas crenças e práticas religiosas do povo não era, de fato, uma pequena missão. Na época em que o cristianismo começou a se estabelecer no mundo, a humanidade, mergulhada no sensualismo, encontrava-se infinitamente distanciada de Deus.
     A sociedade romana, composta pelos dominadores do mundo, atingira o mais baixo ponto na escala da degradação moral. Trocando a rede de pescadores pelo cajado de peregrinos, os apóstolos saíram pelo mundo, pregando o evangelho que viria a mudar a história da humanidade.
     Quando começaram a pregar, todos se admiraram do modo como eles falavam, pois os conheciam como homens rudes, vindos do meio do povo (Atos 4.13). Eles anunciavam que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Messias prometido, que morreu o ressuscitou, e multidões passaram a crer nessa pregação e a confessar a Cristo como Salvador (Atos 2.14-41).
     Todavia, humanamente falando, essa mensagem era uma verdadeira “loucura”. O apóstolo Paulo estava consciente disto: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Coríntios 1.23; 2.14).
     Devemos considerar também que os apóstolos, assim como todos os judeus, alimentavam sobre o Messias idéias contrárias a tudo o que Jesus demonstrara ser. Eles esperavam um rei poderoso, um conquistador triunfante que viesse libertar Israel do jugo do Império Romano, e elevá-lo acima de todas as nações.

     Porém, o Messias que passaram a anunciar era o pobre filho de um carpinteiro, que no período em que viveu entre eles não tinha sequer onde reclinar a cabeça (Mateus 8.20). 
     Deveriam ter surgido razões muito poderosas para mudar assim a opinião dos discípulos sobre o milenarmente esperado Messias, e levá-los a crer que Jesus representava finalmente o cumprimento de todas as profecias messiânicas. Sim, essas razões existem, e é nelas que se tem apoiado a Igreja, há quase 2000 anos!
     Observe-se também que os apóstolos não começaram a pregar movidos por uma empolgação irrefletida, filha da credulidade entusiasmada, supersticiosa e cega. Não. Eles haviam testemunhado tudo o que Cristo pregara e realizara, e tinham-se tornado, finalmente, testemunhas de sua ressurreição. 
     Um deles (Tomé), para se convencer de que Jesus Cristo ressurgira do meio dos mortos, confessou que necessitaria ver as marcas dos cravos nas mãos do Senhor, apalpar as feridas e certificar-se do ferimento que o soldado romano fizera com a lança no Seu corpo.
     Não havia nos apóstolos lugar para o entusiasmo fanático. Eles estavam com medo, e se reuniam de portas fechadas (João 20.19). Mas são esses mesmos apóstolos que, após se certificarem da vitória de Cristo sobre a morte, transformam-se em corajosos pregadores do Evangelho!
     No meio das praças, nas ruas e nas sinagogas, diante do povo e dos governadores, passaram a anunciar que o "crucificado do Gólgota" ressurgira dentre os mortos, e era o Filho de Deus! E aconteceu o que Renan descreve, em rápidas linhas, no seu livro Os Apóstolos:
     “Um rápido raio partindo da Palestina, iluminando quase simultaneamente as três grandes penínsulas da Ásia Menor, da Grécia, da Itália, seguido logo por um reflexo que abrasou quase todas as costas do Mediterrâneo, eis o que foi o aparecimento do Cristianismo.”
     Porém, temos de considerar que a propagação do Evangelho no mundo, a partir da pregação dos apóstolos, não pode ser humanamente explicada.      Diante das leis históricas e sociológicas, os obstáculos que o cristianismo teve de vencer para se espalhar no meio da humanidade não encontram uma explicação lógica. Temos que reconhecer nisto a maravilhosa intervenção de Deus!
     Havia dois tipos de obstáculos que a Igreja teria de enfrentar: Os obstáculos internos, provenientes da própria mensagem que os cristãos pregavam, e os obstáculos externos, criados pelas pessoas às quais a mensagem evangélica era anunciada.
Jeffersom Magno Costa

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