sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

CÍCERO E O HOMEM DA CAVERNA

 Jefferson Magno Costa

     O testemunho da Criação é por demais eloquente, claro e visível a todos; homem algum poderá ficar indiferente a esta voz, a este grandioso espetáculo produzido pelas mãos do Criador.
     Por mais destituído de cultura ou por mais materialista que seja o ambiente onde o ser humano vive, as provas da existência de Deus, essas vozes que proclamam a majestade e a glória do Criador, estarão sempre ressoando dentro do seu espírito, lá no interior de sua consciência, e fora dela, em seus ouvidos e diante dos seus olhos.
      O célebre orador romano Marco Túlio Cícero (106-43 a.C), para demonstrar ser quase impossível admitir que haja pessoas descrentes na existência de Deus, fez uso da seguinte ilustração:
      "Suponhamos haja um homem que sempre tenha vivido afastado da convivência social, preso em um lugar subterrâneo, de modo que nunca tenha podido ver nada; suponhamos que um dia esse homem saia de sua morada subterrânea, olhe a paisagem que se estende ao seu redor, e veja o céu pontilhado de estrelas que brilham maravilhosamente, numa noite tranquila de verão, enquanto a Lua difunde a sua luz suave.
     "Suponhamos que alguém explique a esse homem que o número de astros contemplados pelos seus olhos nada representa diante do infinito número que seus olhos não conseguem contemplar. Horas depois, o sol ergue-se no horizonte, inundando de luz o firmamento...
      "Pois bem, dizei-me: diante do espetáculo do Céu estrelado e da harmonia que reina entre os astros; ao contemplar o esplendor da luz e do Sol, e as maravilhas da natureza, que pensamento nasceria na mente desse homem? Que pergunta brotaria dos seus lábios?
      "Tomado de espanto, esse homem não faria senão exclamar: 'Ó maravilha, ó grandeza! Quem criou este Céu? Quem lhe pôs estes astros, e harmonizou os seus movimentos? Quem criou este Sol e o pôs lá em cima? E restaria a nós responder-lhe tão-somente: 'Quem fez tudo isto não foi certamente um homem; não foram muito menos todos os homens juntos, mas sim Deus! Só Deus poderia criar essas maravilhas de poder e sabedoria." (Marco Túlio Cícero. A Natureza dos Deuses, segundo citação de Alfredo Maria Mazzei, no seu livro Existe Deus? Rio de Janeiro. Editora A Noite, 1948, pp. 179, 180)


NECESSIDADE DE UMA COMPLETA REVELAÇÃO DE DEUS
      Diante do exposto, é necessário, porém, que isto fique bem claro: A crença coletiva demonstrada por todos os povos quanto à existência de um Deus soberano, e o testemunho de sua existência proclamado em suas obras não se constituem numa completa revelação de Deus ao homem.
     Apesar de ver as "pegadas do Criador" impressas na Criação, não são essas maravilhas da natureza que conduzem o ser humano aos pés do verdadeiro Deus; não são elas que o levam a aceitar e a se incluir no plano traçado pelo Criador para salvar suas criaturas. Por isso, além de ter-se revelado na voz da natureza e na consciência do homem, Deus se revelou também na Bíblia, através dos profetas, e sobretudo no seu Filho, Jesus Cristo.
     O caminho para Deus não está, portanto, nas estrelas (apesar de elas proclamarem, em todo o Universo, sua existência), e sim no interior do homem, na fé que nasce dentro dele e se projeta na pessoa de Jesus Cristo — autor e consumador dessa fé. O universo fala a todos da existência de Deus, mas quem reconduz o homem ao seu Criador é Jesus Cristo, a mais completa e perfeita revelação de Deus à humanidade.
Jefferson Magno Costa

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