Jefferson Magno Costa
Portanto, a existência do Deus invisível é demonstrável pelos seus efeitos, pelas suas obras. O próprio escritor francês Voltaire (1694-1786), apesar de ter passado para a história como ateu e perseguidor do evangelho, escreveu certa vez em uma de suas cartas ao imperador da Prússia, Frederico II (1712-1786):
"A razão me diz que Deus existe, mas também me diz que nunca poderemos saber quem é."Ora, Voltaire era um homem que não levava em consideração o tesouro de revelação e conhecimento que a fé pode abrir para nós; após rejeitá-la, ele procurou viver à luz da razão, acreditando tão-somente naquilo a que sua capacidade intelectual o conduzia.
Mas, apesar de sua incredulidade, Voltaire, através do raciocínio, chegou à seguinte conclusão, registrada no capítulo 2 de seu Tratado de Metafísica: 'Vejo-me forçado a confessar que há um Ser que existe necessariamente por si mesmo desde toda a eternidade, e que é origem de todos os demais seres."
No mesmo livro, algumas páginas adiante, o famoso "ateu" declarou: "Todas as coisas da Natureza, desde a estrela mais distante até um fino talo de grama, devem estar submetidos a uma Força que os movimenta e lhes dá vida." (Voltaire. Tratado de Metafísica. Tradução de Marilena de Souza Chauí, 29 edição, São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 64.)
Ora, que força é essa senão Deus? Eis aí um homem considerado por todos um terrível ateu, curvando sua cabeça em reconhecimento da existência do Criador, após maravilhar-se diante de tantas e tão sublimes provas da existência de Deus, perfeitamente visíveis na Criação!
Jefferson Magno Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário