quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

"AO MESTRE JOANYR DE OLIVEIRA, COM SAUDADE E CARINHO"

Meu caro poeta pastor escritor editor pregador Jefferson Magno Costa (também sem vírgulas. Não são fragmentos. São unidade).
Pena que nem todos - embora possam ter lá os seus rasgos poéticos - consigam valorizar a poesia como uma arte em que, mais do que na prosa, se pode descer a profundidades, que, sem nunca chegar ao mais profundo - sempre há mais profundezas - nos deixam embevecidos e surpresos pelo primor das pérolas encontradas.

Eu e você fomos "aprendizes" com (e de) Joanyr de Oliveira. Convivemos ao seu lado por algum tempo. Quantas vezes ele copidescou os nossos textos e nos ensinou a evitar os adjetivos, a estilizar a frase, o período etc., etc. 


Tive a gratíssima honra de prefaciar uma de suas obras - Entre os Vivos e os Mortos - onde revelou também o seu pendor como romancista. Citei-o na minha obra A Transparência da Vida Cristã pelo que representou para o meu aprendizado. 
Sem orgulho (mas orgulhoso) digo: tivemos um excelente mestre! De tempos em tempos, revisito a prosa e os poemas do grande escritor. O seu nome é digno de constar em qualquer galeria dos grandes poetas brasileiros. Joanyr de Oliveira foi o maior intelectual assembleiano. Ninguém ainda o superou.

Além disso, era homem comprometido com os valores do Reino, com as causas justas, com a solidariedade, com a ética, com a pureza da igreja, com a dignidade do pastoreio, com os simples e contra toda sorte de opressão, inclusive religiosa. 

Talvez, por essas razões, o sistema muito tenha lutado para preteri-lo. Mas cumpriu a sua missão sem abrir mão de convicções, que, talvez, 25 anos antes de sua morte, lhe tenham inspirado a escrever este que foi um de seus grandes poemas, "Despedida, talvez", no qual o céu suplanta quaisquer outras perspectivas terrenas, muitas vezes frustrantes e impregnadas de perigosas sombras.

Joanyr de Oliveira termina a primeira estrofe com uma pergunta sobre como os seus poemas seriam vistos no futuro:
"Quem os dirá algum dia
Na placidez destas ruas?"
O tempo é inclemente e insiste em apagar o passado. Mas aqui e ali, "na placidez destas ruas", ainda ouviremos que "Deus espraia o mel da sua voz".
Parabéns, meu confrade, pela justa homenagem ao nosso mestre.


Pastor Geremias Couto 

PS. Se me permite, gostaria de reproduzir o ensaio no meu blog, com o devido crédito e citada a fonte.

Abraços



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